Greve no metrô provoca caos em Londres

A paralisação afeta milhões e gera congestionamentos na cidade.

Greve no metrô de Londres gera transtornos e congestionamentos em toda a cidade.

Greve no metrô causa caos em Londres

A cidade de Londres enfrenta um dia caótico nesta segunda-feira (8) devido à greve no metrô, que resultou na paralisação de um dos principais meios de transporte da capital. O movimento, organizado por um sindicato que representa dois terços dos trabalhadores do sistema, exige a redução da jornada de trabalho de 35 para 32 horas semanais. A greve deve se estender pelo menos até quinta-feira (11), afetando milhões de londrinos que dependem do metrô para se locomover diariamente.

Impactos imediatos da greve no metrô

Com o metrô fora de operação, a cidade enfrenta congestionamentos significativos e filas em outros meios de transporte. O metropolitano londrino é responsável por cerca de 3,7 milhões de viagens diárias, e sua ausência provoca um aumento na demanda por alternativas como bicicletas de aluguel, que registraram crescimento de quatro vezes na procura. Além disso, o Uber alertou os usuários sobre picos nas tarifas, refletindo a alta demanda por caronas.

A Transport for London (TfL) anunciou que ofereceu um aumento de 3,4%, que segundo a empresa, está alinhado com a inflação e outras negociações do setor. No entanto, a instituição afirma que a proposta de redução da jornada é incompatível com a saúde financeira do sistema. A decisão de greve foi tomada antes da oferta de aumento ser apresentada, indicando a tensão entre os trabalhadores e a administração do transporte.

Contexto das greves em Londres

No ano anterior, uma greve semelhante foi evitada após uma intervenção do prefeito de Londres, Sadiq Khan, que aumentou o subsídio ao sistema de transporte. No entanto, críticos apontam que essa medida acabou enfraquecendo a posição da TfL nas negociações, aumentando a disposição do sindicato para paralisar novamente.

Um porta-voz do gabinete do primeiro-ministro, Keir Starmer, expressou a insatisfação de londrinos que dependem do metrô, afirmando: “Londrinos que tentam chegar ao trabalho, levar seus filhos à escola, empresas que dependem do metrô para trabalhar e receber clientes estão cansados dessas greves.” O apelo por uma solução rápida se torna mais urgente à medida que a situação se agrava.

Outros protestos na Europa

Além da greve em Londres, a capital francesa, Paris, também se prepara para uma semana de protestos, que promete afetar os meios de transporte, vias e até aeroportos. Embora a liderança do movimento seja difusa, a mobilização contra o governo do presidente Emmanuel Macron ganhou força nas redes sociais. A adesão dos sindicatos aos protestos ainda não foi confirmada, mas a expectativa é de que a situação em Paris possa ser tão caótica quanto em Londres esta semana.

O cenário atual nas duas capitais europeias destaca a crescente insatisfação com as condições de trabalho e a busca por melhores direitos por parte dos trabalhadores do setor de transporte. Enquanto os londrinos lidam com o impacto imediato da greve, a atenção também se volta para as possíveis repercussões dos protestos em Paris e como isso poderá afetar a mobilidade nas duas cidades.

Acompanhar as reações das autoridades e as movimentações dos sindicatos nos próximos dias será crucial para entender como essas greves e protestos poderão moldar o futuro do transporte público em Londres e Paris.

EM ALTA

MAIS NOTÍCIAS!