Deputado questiona registro de ausências na Câmara e pede participação remota.
Deputado critica ausência de participação remota e acumula 18 faltas não justificadas.
Eduardo Bolsonaro e suas ausências na Câmara
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) manifestou na última segunda-feira (8.set.2025) que está aguardando uma resposta do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), sobre um ofício que enviou questionando o registro de suas ausências na Casa. Com um total de 18 faltas não justificadas em sessões deliberativas, Eduardo enfatizou que apenas uma ausência foi justificada entre os 32 dias contabilizados. O congressista, que vive nos Estados Unidos desde fevereiro de 2025, solicita a possibilidade de participar das votações de forma remota.
O deputado esclareceu que sua licença expirou em 20 de julho e, desde então, ele tem enfrentado dificuldades para registrar presença nas votações da Câmara. Ele mencionou: “Só para deixar claro: a minha licença venceu em 20 de julho e, desde o começo de agosto, eu tenho levado falta na Câmara, inclusive nas votações virtuais em que eu poderia participar”. Eduardo argumenta que, assim como outros congressistas que não precisam estar fisicamente presentes, ele também deveria ter o direito de votar remotamente.
A situação de Eduardo em comparação com outros congressistas
Eduardo Bolsonaro fez uma comparação entre sua situação e a de outros colegas que, mesmo não estando no país, conseguiram registrar suas presenças. “Se eles não precisaram ir fisicamente ao Congresso, por que eu precisaria? Por que a votação deles vale e a minha não vale?”, questionou o deputado durante entrevista. Ele ressaltou que, apesar de sua ausência, poderia ter participado das votações virtuais, uma opção que foi amplamente utilizada durante a pandemia.
No início, o deputado estava licenciado por 122 dias e, após o término de sua licença, não conseguiu participar das sessões nas quais o acesso remoto foi permitido. Em suas redes sociais, Eduardo expressou que está sendo “impedido de votar”, uma situação que ele considera injusta. O presidente da Câmara, Hugo Motta, já se manifestou, afirmando que não pretende alterar o regimento interno da Casa para permitir que Eduardo exerça seu mandato de fora do país.
Críticas ao sistema e ao ministro Alexandre de Moraes
Eduardo Bolsonaro também levantou questões sobre suas ausências e se elas estão relacionadas a uma suposta “compactuação com os desmandos” do ministro Alexandre de Moraes. Ele declarou que considera “muito estranho” não poder votar pelo celular, uma ferramenta que foi implementada durante a pandemia para facilitar a participação dos congressistas. Para o deputado, essa situação reflete uma crítica mais ampla ao sistema e à forma como as regras são aplicadas.
Em uma declaração contundente, Eduardo afirmou que Motta seria “mais um refém desse sistema” e direcionou suas críticas ao ministro do STF, Alexandre de Moraes. Ao comentar sobre o ministro, ele disse: “Acho que Alexandre de Moraes ameaça todo mundo veladamente. Ele é baixo, ele é vil e cruel, não tem compaixão. É por isso que eu digo que ele é um psicopata”.
A situação de Eduardo Bolsonaro levanta questões importantes sobre a participação remota no Legislativo e a necessidade de adaptação das regras às novas realidades. A discussão sobre a possibilidade de votação à distância pode impactar não apenas a vida do deputado, mas também a de outros congressistas que, por diferentes razões, não podem estar presentes fisicamente na Câmara. O que se observa é uma tensão crescente entre as regras atuais e as demandas por uma maior flexibilidade na participação dos representantes do povo.