Áudio revela relacionamento entre assessor e delegado da PF.
Áudio revela que grupo de TH tinha suporte de delegado da PF para proteger traficante no aeroporto.
O ex-deputado Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias, está no centro de uma investigação que revela a ligação de sua quadrilha com o delegado federal Gustavo Stteel. Em um áudio interceptado pela Polícia Federal, o ex-assessor de TH, Luiz Eduardo Cunha Gonçalves, conhecido como Dudu, menciona que Stteel poderia garantir a segurança do traficante Gabriel Dias de Oliveira, o Índio, no aeroporto, indicando uma relação de proximidade entre eles.
O que foi revelado nas conversas interceptadas
Nas gravações, Índio expressa preocupação em viajar devido ao risco de prisão. Em resposta, Dudu informa que o delegado Stteel poderia “escoltar” Índio até o avião, mostrando a confiança que a quadrilha tinha no policial. O diálogo sugere que Stteel teria um papel ativo na proteção do traficante, facilitando seu deslocamento no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão).
“Ele é muito parceiro, mano. Só falar: ‘tô chegando aí’. Ele já te busca na entrada do aeroporto”.
A operação Zargun, que culminou na prisão de Stteel, Índio e Dudu, foi realizada pela Delegacia de Repressão à Entorpecentes e o Ministério Público Federal. Até agora, 12 pessoas foram detidas, todas envolvidas em um esquema de tráfico de drogas, armas e corrupção.
Perfil do delegado Gustavo Stteel
Gustavo Stteel, lotado na Delegacia da PF do Galeão, foi preso enquanto ostentava uma vida luxuosa nas redes sociais. Suas postagens incluíam viagens e objetos caros, refletindo um padrão de vida que contrasta com sua função pública. Uma imagem que chamou atenção foi a de seu pedido de casamento, onde sua noiva exibia um anel de diamante, supostamente confeccionado pela TH Joias, a marca do ex-deputado.
Resposta do advogado de Stteel
Pedro Santiago, advogado de Gustavo Stteel, afirmou em entrevista que a prisão é apenas a primeira etapa do processo e que existem argumentos sólidos para contestar as acusações. Ele defendeu que não há evidências nos autos que comprovem a participação de Stteel em qualquer vazamento de informações a facções criminosas.
O caso de TH e seu grupo revela a complexa relação entre autoridades e o crime organizado, levantando questões sobre a integridade das instituições e a necessidade de investigações rigorosas. À medida que o processo avança, será fundamental acompanhar os desdobramentos dessa situação e as implicações que podem surgir para a segurança pública e a justiça no país.