Caso de Alícia Valentina levanta pedidos de justiça em Belém do São Francisco.
Mãe de Alícia afirma que a filha foi agredida de forma brutal na escola.
Mãe de Alícia relata tragédia em escola
A mãe de Alícia Valentina, uma menina de 11 anos que perdeu a vida após ser espancada na Escola Municipal Tia Zita, em Belém do São Francisco, no Sertão de Pernambuco, detalhou a gravidade dos ferimentos da filha. Em declarações emocionadas, ela afirmou que só tomou conhecimento da seriedade da situação no segundo hospital onde Alícia foi atendida, em Salgueiro. O caso, que ocorreu no dia 3 de setembro, está sendo investigado pela Polícia Civil.
Aparentemente, Alícia foi agredida por colegas de escola. A mãe, que preferiu não ser identificada, contou que durante o atendimento, a filha não conseguiu relatar como ocorreu a agressão. A professora da escola informou que parte da confusão foi registrada por câmeras de segurança, mas não havia detalhes sobre o que realmente aconteceu.
“Cheguei na escola, a professora disse que tinha sido dentro do banheiro, mas também não sabia explicar o que aconteceu. Aí disse que tinha dois garotos e uma menina na porta, não sabe se estava segurando, e a filmagem, que ele [um dos garotos] estava dando um soco. Mas ali não foi só um soco, não. Ali foi de pé ou bateu com a cabeça dela na pia ou na privada”, disse a mãe.
Circunstâncias do ataque e cuidados médicos
Após ser espancada, Alícia foi levada para o hospital local, onde recebeu atendimento inicial e, em seguida, foi liberada pela médica. No entanto, ao observar que sua filha vomitava sangue, a mãe levou-a novamente ao posto de saúde e, depois, ao hospital de Salgueiro, que está a aproximadamente 80 quilômetros de Belém do São Francisco.
A tragédia tocou a comunidade local, que se uniu em clamor por justiça. A mãe de Alícia descreveu sua filha como uma criança doce e tranquila, querida por todos em Belém. “Eu peço justiça por isso. Quem fez tem que pagar […] Isso não pode ficar assim”, declarou.
Reações da família e comunidade
O pai de Alícia também expressou indignação em relação ao ocorrido. Ele afirmou que a filha nunca se envolvia em brigas e que a violência sofrida foi completamente inesperada. “Minha filha não era de briga. Todo mundo gostava dela. […] Chegar aqui e bater assim, espancar, né? E vai ficar por isso? Não, eu quero justiça”, afirmou.
Essa situação evidencia a necessidade de uma reflexão mais profunda sobre a segurança nas escolas e como as agressões entre alunos são tratadas. A falta de informações claras sobre o que ocorreu na escola e a aparente ineficiência em lidar com a situação suscitaram perguntas sobre o papel da instituição em garantir a proteção dos alunos.
O caso de Alícia Valentina destaca a importância de se discutir a violência nas escolas e a responsabilidade de todos os envolvidos, desde os alunos até os educadores e a gestão escolar. É fundamental que a sociedade se mobilize para que situações como essa não se repitam e que os responsáveis sejam responsabilizados por suas ações.
A luta da família por justiça pode ser um marco para uma mudança maior nas políticas de segurança e proteção nas escolas, visando prevenir que novas tragédias aconteçam.