Eduardo Bolsonaro critica Lula, chamando-o de “bêbado da rua”

Deputado afirma que Lula perdeu credibilidade com os EUA e Israel.

Eduardo Bolsonaro chamou Lula de "bêbado da rua" em crítica à sua postura internacional.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) fez uma contundente crítica ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após o petista se referir a manifestantes de direita como “traidores da pátria”. Durante uma entrevista, Eduardo afirmou que Lula, na comunidade internacional, se tornou comparável a um “bêbado da rua”, cuja voz não é mais ouvida. Segundo ele, o presidente perdeu credibilidade com nações importantes como os Estados Unidos e Israel, o que, segundo o deputado, reflete uma queda significativa em sua influência política.

Contexto da crítica de Eduardo

A declaração de Eduardo Bolsonaro surge em um momento de tensão política no Brasil. No último domingo, 7 de setembro, apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) realizaram manifestações em várias cidades, com foco na anistia para aqueles envolvidos nos eventos de 8 de janeiro de 2023. Eduardo, que está morando nos Estados Unidos desde fevereiro de 2025, comentou sobre a postura de Lula em relação à soberania nacional e suas ações recentes que, segundo ele, desmerecem o conceito de soberania.

O deputado destacou episódios que exemplificam sua crítica, como o envio de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para resgatar a ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, condenada por corrupção. Além disso, Eduardo mencionou a visita de Lula à ex-presidente argentina Cristina Kirchner, onde o presidente brasileiro exibiu uma placa com a frase “Cristina Livre”.

A resposta de Lula e as reações políticas

Lula, em seu discurso, não se intimidou e afirmou que a crítica de Eduardo reflete a frustração de uma ala política que não aceita as mudanças em curso. “A soberania é um valor que defendo e que não será desmerecido”, disse o presidente, reforçando sua posição em defesa da política externa brasileira.

Além das críticas de Eduardo, a situação de Jair Bolsonaro também é um ponto central nas discussões políticas atuais. O ex-presidente encontra-se sob prisão domiciliar, aguardando o julgamento no STF por tentativa de golpe de Estado. A 1ª Turma do STF retoma o caso e a expectativa é que uma decisão seja alcançada até o dia 12 de setembro.

Eduardo Bolsonaro, por sua vez, tem se distanciado das sessões da Câmara, não participando de votações desde que se mudou para os EUA. Ele solicitou ao presidente da Câmara, Hugo Motta, a possibilidade de exercer seu mandato remotamente, citando precedentes da pandemia, mas ainda aguarda uma resposta.

Manifestações e divisões políticas no Brasil

As manifestações realizadas no domingo, onde cerca de 48.800 pessoas participaram na Avenida Paulista, refletiram a polarização política que o Brasil enfrenta. O tema central foi a anistia para aqueles que participaram das invasões aos prédios dos Três Poderes. Por outro lado, grupos de esquerda também organizaram protestos, mas com uma adesão significativamente menor, destacando a defesa da soberania nacional e mudanças na política fiscal.

A situação política continua a evoluir, e as próximas semanas serão cruciais para o futuro do ex-presidente Bolsonaro e para a continuidade das políticas do governo Lula. A tensão entre as diferentes correntes políticas está em alta, e as ações de Eduardo Bolsonaro nos EUA levantam questões sobre como isso afetará sua atuação na política brasileira.

A expectativa agora é que a análise do caso de Bolsonaro no STF possa provocar reações em cadeia, influenciando o cenário político até o final do mês. O papel de Eduardo Bolsonaro, mesmo distante, pode ter implicações significativas, especialmente no contexto das articulações políticas que se desenrolam no Brasil.

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