A Flotilha Global Sumud para Gaza (GSF), uma missão humanitária que visa levar ajuda à população palestina, denunciou ter sido alvo de um ataque com drone na noite de segunda-feira (8), enquanto navegava em águas tunisianas. A informação foi divulgada pela própria organização em suas redes sociais, gerando preocupação e indignação.
Segundo o relato do português Miguel Duarte, membro da flotilha, um drone lançou um artefato explosivo no convés da embarcação. “Um drone sobrevoou nossas cabeças… lançou a bomba. A bomba explodiu, houve uma grande chama, um incêndio a bordo”, relatou Duarte em coletiva de imprensa já em solo tunisiano. Apesar do incidente, a tripulação, composta por seis pessoas, conseguiu controlar as chamas e chegar em segurança à Tunísia.
Thiago Ávila, ativista brasileiro que também integra a flotilha, expressou gratidão pelo apoio recebido do povo e do governo da Tunísia. Ele aproveitou a oportunidade para reiterar a importância da missão diante do prolongado bloqueio à Faixa de Gaza. “Estamos há mais de 17 anos enfrentando esse bloqueio ilegal”, afirmou Ávila, ressaltando a necessidade de romper o cerco e levar assistência à população palestina.
O ativista brasileiro também criticou o que chamou de “cerco ilegal” de Israel à Faixa de Gaza. “O que aconteceu mostra contra quem estamos lidando: criminosos de guerra, que também atacam trabalhadores humanitários e jornalistas como vocês. Continuamos navegando porque missões como a nossa não só continuam a ser necessárias, como se tornam ainda mais urgentes”, declarou.
Ávila concluiu com um apelo à ação global: “Levantem-se, protestem, boicotem, rompam o bloqueio midiático”. A missão da Flotilha Global Sumud para Gaza, composta por mais de 20 embarcações e ativistas de 44 países, reafirma seu compromisso de continuar navegando rumo a Gaza, buscando desafiar o bloqueio e oferecer solidariedade ao povo palestino.