Justiça dos EUA impede demissão de diretora do Fed por Trump

Decisão judicial proíbe presidente de afastar Lisa Cook temporariamente

A Justiça dos EUA proibiu temporariamente Trump de demitir a diretora do Fed, Lisa Cook, após ação judicial da economista.

A Justiça dos Estados Unidos proibiu, temporariamente, o presidente Donald Trump de demitir a diretora do Federal Reserve (Fed), Lisa Cook. A decisão foi tomada nesta terça-feira (9) e surge após um pedido judicial feito pela própria economista, que contesta a autoridade do presidente para retirá-la do cargo.

Motivos da ação judicial

Trump anunciou a demissão de Lisa Cook no final de agosto, alegando a existência de fraude hipotecária relacionada à sua declaração de residências. Cook, por sua vez, argumenta que a demissão seria ilegal, uma vez que a Lei do Federal Reserve de 1913 permite a demissão somente por justa causa, que não estaria presente no caso dela. Em nota, Lisa reafirmou que não tem intenção de renunciar ao cargo e que irá lutar legalmente para permanecer.

A importância da independência do Fed

A ação de Trump gerou preocupação sobre a independência do Fed, que é estruturado para evitar pressões políticas. Tradicionalmente, seus membros não podem ser demitidos sem comprovação de falta grave. Especialistas alertam que a tentativa de intervenção política na composição do Fed pode desestabilizar os mercados financeiros, especialmente em um contexto econômico já fragilizado por tarifas comerciais e outras pressões.

Implicações futuras

A decisão judicial também levanta questões sobre a relação entre política e economia nos Estados Unidos, especialmente em um momento em que a credibilidade do Fed é essencial para a estabilidade do sistema financeiro. O caso é um marco na história do banco central americano, que sempre buscou operar com autonomia em relação ao governo.

A situação ainda está em desenvolvimento, com o Departamento de Justiça investigando as alegações apresentadas. O desfecho deste caso pode ter implicações significativas para a política monetária e para a independência das instituições financeiras nos EUA.

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