Tecnologia e inclusão: o papel das inovações na geração de renda

Perspectivas sobre o uso da tecnologia no mercado de trabalho

Economista destaca a tecnologia como aliada para inclusão social e geração de renda em audiência pública.

Em audiência pública realizada na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (9), sobre a regulação do trabalho por aplicativos, o economista Adriano Paranayba, doutor em Transportes pela Universidade de Brasília (UnB), defendeu que a tecnologia seja encarada como uma aliada das cidades e dos trabalhadores, e não como um problema para a sociedade. Segundo ele, embora a velocidade das transformações tecnológicas muitas vezes dificulte a percepção dos impactos positivos, essas inovações têm papel decisivo na criação de soluções urbanas e na expansão de novas atividades econômicas.

A tecnologia como aliada no mercado de trabalho

“Muitas vezes enxergamos a tecnologia como um vilão, mas ela é o grande indutor de soluções para as cidades. Acontece que a velocidade com que essas soluções surgem é que gera dificuldade de compreensão”, afirmou. Paranayba destacou ainda que a disseminação das ferramentas digitais pode ampliar a inclusão social, permitindo que pessoas em situação de vulnerabilidade tenham acesso a novas formas de trabalho e geração de renda. “Quanto mais dispersa estiver a tecnologia, mais pessoas em condições de vulnerabilidade poderão acessá-la e transformar isso em oportunidades”, disse.

A necessidade de mais plataformas digitais

O economista também defendeu o fortalecimento de plataformas digitais que conectam trabalhadores e consumidores, especialmente no setor de entregas. Para ele, a diversidade de serviços tende a crescer e exigirá maior adaptação do mercado. “Precisamos ter muito mais plataformas. Não temos sequer uma por município, e a demanda por tipos de entrega, horários e produtos só vai aumentar”, avaliou.

Importância de um marco regulatório

Por fim, Paranayba ressaltou a importância de um marco regulatório que acompanhe as transformações em curso e favoreça o acesso democrático às inovações. “A legislação tem que pensar em um Brasil que quer absorver as tecnologias. Quanto mais cada brasileiro puder usar a tecnologia a seu favor, mais ele se beneficiará e poderá transformar isso em renda”, concluiu.

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