Banco realizou demissões com base em produtividade no trabalho remoto
Itaú demitiu cerca de mil funcionários após monitorar produtividade no home office.
O Itaú Unibanco demitiu cerca de mil funcionários, após um monitoramento que durou quatro meses e que visava avaliar a produtividade no home office. O banco considerou que muitos empregados apresentavam baixa atividade em suas funções remotas, levando a essa drástica decisão.
Monitoramento e produtividade no home office
A análise feita pelo Itaú envolveu o uso de softwares, como o xOne, que coleta dados sobre o tempo de uso do computador e outras métricas de atividade. O banco identificou que cerca de 2.000 funcionários estavam com a produtividade abaixo dos padrões estabelecidos, com alguns registrando apenas 20% de atividade digital em determinados dias. Essa situação gerou uma série de demissões, mesmo para aqueles que atingiam suas metas.
Respostas e reações ao processo de demissão
As demissões geraram uma onda de críticas, especialmente do Sindicato dos Bancários, que questionou a transparência do monitoramento e a falta de advertências prévias antes das demissões. O sindicato defende que estabelecer limites claros para a vigilância digital é essencial para evitar pressão excessiva sobre os trabalhadores.
Implicações para o mercado de trabalho
Essa situação no Itaú levanta questões sobre o futuro do trabalho remoto e as práticas de monitoramento nas empresas. Especialistas em direitos trabalhistas afirmam que, embora o monitoramento seja legal, deve ser feito de maneira ética, respeitando a privacidade dos funcionários. O caso também pode influenciar outras instituições financeiras e empresas que adotam modelos híbridos de trabalho.
Conclusão e próximos passos
O Sindicato dos Bancários se reunirá com os funcionários demitidos para discutir mobilizações e ações futuras. A situação no Itaú pode servir de alerta para outros empregadores sobre a importância de gerenciar a produtividade de maneira justa e transparente.