Especialistas projetam queda de preços e ajustes na inflação
O IPCA deve registrar a primeira deflação do ano, com expectativa de queda nos preços, principalmente energia elétrica.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação do país, deve ter o primeiro registro de deflação do ano, segundo integrantes do mercado financeiro. Os dados referentes ao mês de agosto serão publicados, nesta quarta-feira (10/9), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A expectativa é de uma queda de 0,14%, principalmente devido à redução de 4,93% na energia elétrica residencial, influenciada pelo Bônus de Itaipu.
O que caracteriza a deflação
Deflação é quando os índices de preços de uma economia passam a cair ao invés de subir, sendo o oposto da inflação. Este fenômeno pode ter impactos significativos na economia, refletindo a diminuição da demanda e mudanças nos hábitos de consumo.
Expectativas do mercado financeiro
O mercado financeiro tem expectativas de queda para a inflação no mês de agosto. A Warren Investimentos projeta uma deflação de -0,17%, enquanto o C6 Bank estima uma variação de -0,13%. Apesar das revisões nas projeções, tanto o mercado quanto o Banco Central (BC) esperam inflação acima da meta ao final de 2025, que é de 3% com tolerância de 1,5 p.p.
Impactos da deflação
A deflação pode afetar diversos setores da economia, levando a ajustes nas taxas de juros e influenciando decisões de consumo e investimento. A expectativa de inflação mais baixa pode levar o Banco Central a reconsiderar a taxa Selic, atualmente em 15% ao ano.
Projeções para o futuro
As revisões nas projeções para o IPCA em 2025 e 2026 indicam uma tendência de preços mais controlados. Especialistas destacam que, mesmo com a expectativa de deflação, a inflação pode permanecer acima do desejado, exigindo vigilância constante por parte das autoridades monetárias.
A análise do IPCA é fundamental para entender a saúde econômica do país e os padrões de consumo da população.