Deputado considera erro rebaixar pena do ex-ministro por participação em golpe
Deputado Ivan Valente afirmou que reduzir a pena de Augusto Heleno seria um erro, destacando seu papel na tentativa de golpe de Estado em 2022.
O deputado federal Ivan Valente (Psol-SP) afirmou que baixar a pena do ex-ministro de Segurança Institucional, Augusto Heleno, seria um “erro”. A declaração foi feita durante sua chegada ao STF (Supremo Tribunal Federal) para acompanhar o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros réus, todos envolvidos na tentativa de golpe de Estado em 2022.
Valente destacou que Augusto Heleno teve um papel crucial no ocorrido, descrevendo-o como uma “figura-chave” na tentativa de desestabilização institucional. Ele mencionou experiências pessoais para ilustrar a gravidade da situação, afirmando que Heleno é um “golpista contumaz” e enfatizando a importância de uma condenação adequada.
Julgamento e condenações
O ex-ministro e outros sete réus estão sendo analisados pela 1ª Turma do STF, que está deliberando sobre as penas a serem aplicadas. O ministro Flávio Dino, que já se posicionou favoravelmente à condenação, argumentou que a participação de Heleno e de outros réus foi de menor importância, o que pode influenciar a dosimetria das penas.
A importância da condenação
Na visão de Ivan Valente, é essencial que a justiça seja feita de forma rigorosa. Ele acredita que a redução da pena para figuras que tiveram um papel significativo na tentativa de golpe pode enviar uma mensagem errada sobre a impunidade e a gravidade das ações que ameaçaram a democracia.
Expectativas sobre o julgamento
O julgamento foi retomado no dia 10 de setembro de 2025, com a expectativa de que a análise seja concluída até o dia 12 do mesmo mês. Os ministros devem discutir as penas após todos os votos. Se condenado, Bolsonaro pode enfrentar penas que variam de 12 a 43 anos, dependendo da participação de cada réu nos crimes imputados. As condenações serão aplicadas apenas após o trânsito em julgado, garantindo que não haja mais possibilidades de recurso.
A 1ª Turma do STF, que inclui o relator Alexandre de Moraes, está sob grande expectativa popular e política, dado o impacto que a decisão terá sobre o futuro da política brasileira e a responsabilização de figuras proeminentes. Os desdobramentos desse julgamento são seguidos com atenção e podem influenciar profundamente o cenário político nacional.