Protestos na França: bloqueios e confrontos marcam manifestações

Movimento 'Vamos bloquear tudo' protesta contra cortes orçamentários

Manifestações em várias cidades da França paralisam o trânsito e geram confrontos com a polícia. O movimento é contra cortes orçamentários do governo.

Neste 10 de setembro de 2025, a França vive um dia de intensos protestos organizados pelo movimento “Vamos bloquear tudo”. As manifestações, que têm como objetivo protestar contra os cortes orçamentários planejados pelo governo, geraram bloqueios em várias cidades, paralisando o trânsito e resultando em confrontos com a polícia.

O que motivou os protestos?

Os protestos ocorrem apenas dois dias após a destituição do primeiro-ministro François Bayrou em um voto de confiança no Parlamento. A insatisfação popular se intensificou com as políticas de austeridade e os cortes propostos pelo governo, levando à mobilização de 80.000 forças de segurança em todo o país. Em Paris, 132 pessoas foram detidas durante as manifestações, que incluem barricadas de estudantes e confrontos com a polícia.

A organização dos manifestantes

O movimento “Vamos bloquear tudo” foi criado em maio de 2025 e se organiza principalmente por meio das redes sociais. Sem uma liderança centralizada, os manifestantes têm comparado esses protestos aos “Coletes Amarelos” de 2018, que surgiram em resposta ao aumento dos preços dos combustíveis. A falta de uma estrutura hierárquica torna as manifestações instáveis, mas bastante expressivas.

A resposta do governo e o novo primeiro-ministro

Após a destituição de Bayrou, o presidente Emmanuel Macron nomeou Sébastien Lecornu como novo primeiro-ministro. Lecornu, que já atuava como ministro da Defesa, terá a tarefa de lidar com a crise política e social atual e aprovar o orçamento de 2026, enquanto busca implementar políticas econômicas que incluem redução de impostos e aumento da idade de aposentadoria.

Consequências e possíveis desdobramentos

Enquanto os protestos continuam, a situação nas ruas de cidades como Nantes, Montpellier, Bordeaux e Toulouse revela um clima de tensão. O governo terá que encontrar um equilíbrio entre atender às demandas da população e manter a estabilidade econômica. Os próximos passos do movimento e a reação do governo serão cruciais para definir o futuro político da França.

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