Marcos do Val volta à cena com alegação explosiva sobre Fux e voto pró-Bolsonaro no STF

O senador licenciado Marcos do Val (Podemos-ES), afastado para tratamento de saúde mental, ressurgiu nesta quarta-feira (10) com uma declaração que promete agitar o cenário político. Em vídeo divulgado e posteriormente apagado de suas redes sociais, Do Val afirmou ter participado de uma “reunião secreta” com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. A alegação central é que ele teria orientado Fux a votar em favor de Jair Bolsonaro (PL) na ação penal referente ao golpe de 2022.

Segundo o relato de Do Val, sua suposta influência teria evitado que Fux fosse incluído em sanções do governo dos Estados Unidos, algo que, segundo ele, foi resultado de sua intervenção. “Por que o Fux não entrou na lista dos Estados Unidos? Fiz a reunião. Foi excelente”, declarou o senador no vídeo, sugerindo ter informado Fux sobre as potenciais consequências negativas de sua posição.

Ainda de acordo com Do Val, durante uma viagem aos EUA em julho, ele teria discutido o assunto com representantes do governo Donald Trump, mesmo estando com o passaporte retido por decisão do ministro Alexandre de Moraes. Após retornar ao Brasil, o senador foi alvo de uma operação da Polícia Federal, chegando a usar tornozeleira eletrônica, medida posteriormente revogada pelo STF.

A polêmica ganhou força com o voto de Fux na sessão desta quarta-feira, que divergiu do relator Alexandre de Moraes. Fux votou pela absolvição de Bolsonaro nas acusações de organização criminosa e deterioração do patrimônio, argumentando que a ação penal não era apropriada para ser julgada no STF. Esse posicionamento gerou grande repercussão e reacendeu o debate sobre a independência do Judiciário.

Diante da controvérsia, Marcos do Val publicou uma nova nota no Instagram, atenuando suas declarações iniciais. Ele afirmou que seu contato com Fux ocorreu “exclusivamente por canais institucionais e registrados: e-mail oficial do meu gabinete para o e-mail oficial do gabinete do ministro”. Do Val negou ter discutido votos ou processos com magistrados, garantindo que sua atuação foi “informativa e institucional, voltada à proteção da Constituição e ao respeito entre Poderes”.

Fonte: http://www.brasildefato.com.br

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