Como o sacerdócio e a arbitragem se entrelaçam na vida de um ex-goleiro
Gabriel Balan Leme, um padre que também é árbitro de futebol, compartilha sua experiência conciliando o sacerdócio com a arbitragem.
Gabriel Balan Leme, de 31 anos, é um padre que também atua como árbitro de futebol nas categorias de base da Federação Paulista de Futebol. Ele encontrou uma forma de conciliar sua vocação religiosa com o amor pelo esporte, enfrentando desafios, incluindo ofensas que recebe durante os jogos. O sacerdote, que foi goleiro, decidiu apitar partidas para ajudar a acalmar ânimos e promover um ambiente mais saudável nas competições.
A paixão pela arbitragem
Gabriel começou a apitar em uma escolinha de futebol em Ribeirão Preto e, ao longo dos anos, passou a arbitrar jogos amadores. Em 2023, ele se formou pela Federação Paulista de Futebol e iniciou sua atuação nas categorias sub-11 a sub-20. Ele fala sobre a responsabilidade de ser árbitro e como isso o motiva a manter-se em forma, após ter enfrentado problemas de obesidade durante seu tempo no seminário.
Desafios e ofensas nas partidas
Mesmo sendo um padre, Gabriel não está imune a provocações e ofensas durante os jogos. Ele compartilha que já ouviu torcedores gritando para que ele voltasse a sua missa, mas tenta não se abalar. “Enquanto árbitro, estou ali para apitar o jogo. Sinais religiosos são valiosos e ouvir coisas assim nos chateiam”, relata. Para ele, a arbitragem não é apenas um trabalho, mas uma missão que se entrelaça com sua vida religiosa.
A importância da educação no esporte
Além da arbitragem, Gabriel vê o futebol como uma oportunidade de educar jovens. “Levar a prática religiosa para o campo é uma forma de compartilhar minha experiência de fé. A categoria de base é um celeiro educacional”, afirma. Ele se dedica a criar um ambiente positivo, onde jovens atletas podem aprender não só sobre o esporte, mas também sobre valores e respeito.
Futuro e prioridades
Embora tenha a ambição de apitar jogos profissionais, Gabriel reafirma que sua prioridade é a sua missão religiosa. Ele mantém um equilíbrio entre as duas atividades, solicitando dispensas quando necessário. Independentemente do que o futuro reserva, ele pretende continuar envolvido com o esporte, reconhecendo que a prática de esportes é fundamental para sua saúde e bem-estar, além de ser uma forma de manter a conexão com a comunidade.