Revisão do PIB para baixo reflete desaceleração econômica

Entenda as razões por trás da revisão das estimativas do PIB para 2025

O governo revisou as estimativas do PIB para 2025, passando de 2,5% para 2,3% ao ano devido à desaceleração econômica.

O governo revisou para baixo as estimativas do Produto Interno Bruto (PIB) para 2025, passando de 2,5% para 2,3% ao ano. Essa revisão é atribuída à desaceleração da atividade econômica, que no segundo trimestre deste ano avançou apenas 0,4% em comparação ao primeiro trimestre, segundo dados do IBGE.

Motivos da desaceleração da economia

Um dos fatores que contribui para essa desaceleração é a alta da taxa Selic, que hoje se encontra em 15% ao ano. Essa situação tem dificultado a concessão de crédito, além de aumentar a inadimplência entre os consumidores. O Boletim Macrofiscal da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda relata que o ritmo de expansão do crédito tem diminuído, o que impacta diretamente a atividade econômica.

Impactos no poder de compra da população

Embora a taxa de desemprego esteja no menor patamar histórico, a expansão da massa de rendimentos reais está desacelerando, o que resulta na diminuição do poder de compra dos consumidores. A revisão da estimativa do PIB se deve, em parte, ao desempenho abaixo do esperado no segundo trimestre, refletindo os efeitos da política monetária sobre o crédito e a atividade econômica.

Expectativas do mercado e do Banco Central

O Banco Central projeta um crescimento de 2,1% para este ano, enquanto o mercado financeiro espera um avanço de 2,19% para 2025. Apesar da desaceleração, existem fatores positivos que podem ajudar a mitigar os efeitos negativos, como o pagamento de precatórios e o aumento do crédito consignado ao setor privado.

Próximos passos e decisões do Copom

O Conselho de Política Monetária (Copom) se reunirá na próxima quarta-feira para discutir a manutenção da taxa Selic. O mercado financeiro antecipa que a taxa de juros deverá permanecer estável até o início de 2026. O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, já declarou que a taxa de juros deverá se manter em níveis restritivos por um período mais longo, visando atingir a meta de inflação.

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