Entenda como eram os locais onde Collor, Temer e Lula cumpriram pena
Relembre as condições de prisão de ex-presidentes brasileiros como Collor, Temer e Lula, incluindo detalhes sobre seus locais de detenção.
Relembre como eram as celas e as condições onde Collor, Temer e Lula ficaram presos. A prisão de ex-presidentes no Brasil é um tema que gera interesse e debate sobre a justiça e as condições oferecidas a figuras públicas. Neste artigo, examinamos as experiências de Collor, Temer e Lula em seus respectivos períodos de detenção.
As celas de Fernando Collor
Fernando Collor foi condenado em maio de 2023 por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, recebendo uma pena de oito anos e dez meses. Ele foi preso em abril de 2025 e levado ao presídio Baldomero Cavalcanti, em Maceió, onde ocupou uma sala de diretor desocupada, adaptada para sua estadia. Essa cela era consideravelmente maior que as celas comuns, tinha ar-condicionado e banheiro, e estava localizada em uma área administrativa, acessada por portas de segurança. Collor permaneceu isolado, recebendo banho de sol diário e alimentação comum da unidade. Pouco tempo depois, obteve progressão para o regime domiciliar, vivendo em uma cobertura luxuosa à beira-mar em Maceió.
As condições de Michel Temer
Michel Temer foi preso pela primeira vez em março de 2019, logo após deixar a presidência. Ele ficou inicialmente em uma sala na Superintendência da PF no Rio de Janeiro, que possuía banheiro privativo, ar-condicionado e conforto comparável a um escritório. Após um breve período, foi transferido para uma sala improvisada na sede da PF em São Paulo, onde teve acesso a alimentação da equipe e não teve contato com outros presos. Em maio de 2019, conseguiu a liberdade através de habeas corpus, sem ter sido sentenciado.
A detenção de Luiz Inácio Lula da Silva
Luiz Inácio Lula da Silva foi preso em 2018, após condenações relacionadas a corrupção. Ele ficou em uma cela adaptada na superintendência da PF em Curitiba, de 15 m², onde passou 580 dias. A cela contava com banheiro, armário, mesa, esteira ergométrica e televisão. Lula também tinha direito a banho de sol e mantinha contato regular com advogados e familiares. Sua prisão foi controversa e, após decisão do STF, ele foi solto em novembro de 2019.
Considerações finais
As condições de prisão de ex-presidentes brasileiros levantam questões sobre a equidade do sistema penal e a forma como figuras públicas são tratadas no Brasil. Enquanto alguns desfrutaram de condições mais favoráveis, outros enfrentaram detenção rigorosa, mas todos enfrentaram a repercussão de suas ações políticas e as consequências legais que se seguiram.