Advogados atuam em benefício do crime organizado no Espírito Santo

Investigação revela envolvimento de profissionais da lei em atividades criminosas

Advogados no Espírito Santo estão sendo investigados por atuar em favor de facções criminosas, escondendo armas e repassando ordens.

Advogados ligados ao crime organizado estão sendo investigados no Espírito Santo por esconder armas de facções e repassar ordens de chefes do tráfico. Esse comportamento desvirtua a função que deveriam exercer, que é a defesa da lei. O caso mais recente é da advogada Marina de Paula dos Santos, presa em agosto por seu envolvimento em um ataque que resultou na morte da menina Alice Rodrigues, de apenas seis anos. As investigações apontam que Marina escondia armas e munições em sua residência, além de ter sido flagrada tentando fugir da polícia.

Casos de advogados envolvidos com o crime

Outro caso semelhante ocorreu em julho, quando uma advogada já havia sido presa por um roubo milionário e foi detida novamente, desta vez por auxiliar um esquema de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. A Ordem dos Advogados do Brasil no Espírito Santo (OAB-ES) reconhece que esses casos têm se tornado frequentes e que representam um desvio grave dos princípios da profissão.

Consequências para advogados envolvidos em crimes

A OAB-ES afirma que advogados flagrados cometendo crimes podem ser suspensos ou até expulsos da Ordem, o que significa que perderiam o direito de advogar. A Secretaria Estadual de Justiça (Sejus) também expressou preocupação com a atuação de advogados como intermediários dentro dos presídios, ressaltando a necessidade de um monitoramento contínuo.

A importância do monitoramento na atuação dos advogados

Apesar do monitoramento, a legislação garante que os detentos tenham direito a visitas de advogados e familiares. O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) reforçou que respeita as prerrogativas da advocacia, mas que condutas ilícitas praticadas por advogados são investigadas e responsabilizadas. A Polícia Civil, por sua vez, lamentou que profissionais essenciais para a democracia se desviem de suas funções legais.

A advogada Marina de Paula dos Santos permanece presa e sua defesa afirma que aguardam a conclusão do inquérito para apresentar provas de inocência, na esperança de que a verdade venha à tona.

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