Governo investiga falhas no atendimento médico a detentos
Cinco estrangeiros morreram em um centro de detenção em Guarulhos, SP, após falhas no atendimento médico. O governo estadual instaurou uma investigação.
Desde julho, cinco estrangeiros morreram enquanto estavam presos no Centro de Detenção Provisória 1 de Guarulhos, SP. As mortes ocorreram após a transferência de detentos de uma penitenciária no interior do estado. A Defensoria Pública aponta que houve falhas no atendimento médico, como atrasos no envio de prontuários médicos, resultando na falta de medicamentos essenciais para detentos com doenças crônicas.
Circunstâncias das mortes
O governo estadual instaurou um procedimento investigativo para apurar as circunstâncias das mortes. Entre os mortos estão um boliviano, um chileno e um tanzaniano, todos com comorbidades como hipertensão e diabetes. A superlotação e a falta de recursos básicos, como alimentos e atendimento médico, também foram relatadas por defensores públicos.
O papel da Defensoria Pública
A Defensoria Pública afirma que os presos relataram a inexistência do fornecimento de remédios essenciais, o que agrava o risco à saúde e pode levar a complicações graves. Além disso, há relatos de superlotação nas celas, onde alguns detentos dormem no chão devido à falta de colchões e cobertores.
Investigação em andamento
A SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) comunicou que os presos receberam atendimento médico, mas a Defensoria Pública contesta essa afirmação, evidenciando a necessidade de um acompanhamento mais rigoroso das condições de saúde dos detentos. O número elevado de mortes em um curto período é alarmante e suscita preocupações sobre a gestão das unidades prisionais em São Paulo.
Conclusão
As mortes de cinco estrangeiros em Guarulhos levantam questões sérias sobre a qualidade do atendimento médico e as condições carcerárias no estado. As investigações em andamento buscarão esclarecer as responsabilidades e garantir que situações semelhantes não se repitam.