Advogados afirmam que delator mentiu em seu depoimento
Após condenação a 26 anos de prisão, defesa de Braga Netto contesta delação de Mauro Cid, alegando que ele mentiu.
A defesa do ex-ministro da Defesa, Braga Netto, contestou a delação do Tenente-Coronel Mauro Cid, que foi um dos principais responsáveis pela sua condenação a 26 anos de prisão. Segundo os advogados, o delator mentiu em seu depoimento, que foi utilizado como prova no julgamento realizado pela 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
Apesar de reconhecer a decisão do STF, a defesa reafirma a inocência de Braga Netto, enfatizando que a possibilidade de recorrer à decisão está em análise. “Entendemos que a inocência do General Braga Netto está registrada nos autos. Todos os recursos cabíveis serão analisados, inclusive às Cortes Internacionais”, afirmam os advogados na nota.
Limitações no acesso ao material da investigação
Os advogados de Braga Netto também expressaram preocupação com a falta de acesso integral e efetivo aos materiais do caso. Eles alegam que a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República não forneceram os “melhores momentos” da investigação, o que prejudicou a defesa. “Não tivemos tempo para analisar o material e o prejuízo disso é evidente”, destacam.
Preocupação com a condenação
A defesa ainda questiona a lógica por trás da condenação do General, especialmente em relação às acusações de que ele teria discutido e financiado o plano Punhal Verde Amarelo/Copa 2022. Os advogados consideram a decisão surpreendente e reafirmam a necessidade de um julgamento justo e transparente.
O documento da defesa foi assinado por uma equipe de advogados, incluindo José Luis Oliveira Lima, Rodrigo DallAcqua, Rogério Costa, Millena Galdiano e Bruno Dallari Oliveira Lima.