Governo libera R$ 3,2 bilhões em emendas parlamentares

Medida busca melhorar relação com o Congresso em meio a julgamento de Bolsonaro

Governo libera R$ 3,2 bilhões em emendas parlamentares para fortalecer relação com o Congresso.

Ao longo da semana marcada pelo julgamento de Jair Bolsonaro e demais réus do Núcleo 1 da ação penal do golpe, o Governo Federal liberou R$ 3,2 bilhões em emendas parlamentares, buscando estreitar a relação com o Congresso em um momento delicado.

Contexto da liberação das emendas

Os pagamentos são uma tentativa de aproximar o Executivo da base parlamentar, especialmente em meio à pressão da oposição pela anistia ao ex-presidente e aos acusados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023. O valor total de R$ 3,2 bilhões inclui aproximadamente R$ 2,9 bilhões destinados a emendas individuais, que são direcionadas diretamente à base eleitoral de cada parlamentar.

Detalhes das emendas liberadas

Além das emendas individuais, foram liberados R$ 142 milhões para emendas de bancada, R$ 80,8 milhões para emendas de comissão e R$ 60 milhões para emendas de relator. O dia mais significativo da liberação ocorreu na terça-feira (9), quando foram disponibilizados R$ 2,3 bilhões, coincidindo com um anúncio do líder da oposição na Câmara, deputado Luciano Zucco (PL-RS), sobre a formação de uma maioria para pautar a anistia.

Reveses enfrentados pelo governo

Essa liberação vem após uma série de revezes do governo em seu relacionamento com o Congresso, como a ruptura formal das bancadas do PP e União Brasil, que retiraram seus senadores e deputados da base aliada. Essas mudanças são vistas como uma adesão ao movimento pela anistia a Bolsonaro, o que reflete uma crescente tensão entre o Executivo e o Legislativo.

Desafios na execução das emendas

Desde dezembro de 2024, o governo tem enfrentado dificuldades para executar emendas parlamentares, especialmente após o Supremo Tribunal Federal (STF) aumentar as restrições devido a falhas na transparência e impessoalidade na distribuição de recursos. Essa situação fortaleceu a oposição, afastando ainda mais o Executivo dos partidos com menor alinhamento ideológico.

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