A Prefeitura de São Paulo realiza a remoção de pessoas em situação de rua para construção de jardineiras
A remoção de moradores para a construção de jardineiras em frente ao cemitério São Luiz gerou polêmica e resistência.
A Prefeitura de São Paulo retirou cerca de 20 moradores de rua que viviam em barracos em frente ao cemitério São Luiz para dar lugar a jardineiras. A ação, realizada pela Subprefeitura M’Boi Mirim, foi justificada como parte de um projeto de revitalização do espaço público.
Ação da Prefeitura e a resposta dos moradores
Os moradores foram avisados da remoção, mas muitos se deslocaram para o outro lado da rua Antônio Ramos Rosa, onde improvisaram novas barracas com lona e plástico. Uma mulher que vivia ali há cinco anos relatou que a retirada foi rápida, com equipes da Prefeitura acompanhadas pela polícia, que utilizaram spray de pimenta para forçar a saída. A Secretaria da Segurança Pública informou que não localizou registros de ocorrências pela polícia.
Condições de vida e resistência
Os moradores expressaram preocupação em relação às novas condições de abrigo. Um homem que viveu na área por dois anos afirmou que não houve resistência, mas destacou o tratamento hostil que muitos recebem das autoridades. A gestão Ricardo Nunes (MDB) afirmou que as equipes da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) estiveram no local para oferecer acolhimento, mas não houve aceitação por parte dos moradores.
Conflito com a comunidade local
Moradores da comunidade próxima temem que a presença dos recém-deslocados cause conflitos. A concessionária responsável pela administração do cemitério negou realizar retiradas de moradores de rua ou intervenções nos espaços públicos adjacentes. Uma nova visita da SMADS ao local está programada para tentar abordar os moradores novamente.
Apesar das justificativas da Prefeitura, a situação revela as complexidades do manejo de espaços públicos e as consequências diretas para aqueles que habitam as ruas em São Paulo.