Projeto de reabilitação gratuita ajuda mulheres com câncer de mama

Iniciativa oferece suporte emocional e físico a pacientes pós-mastectomia no SUS

O projeto FisioOnco oferece reabilitação gratuita a mulheres que fizeram mastectomia pelo SUS, promovendo apoio físico e emocional.

O FisioOnco existe há três anos em São Paulo e atende mulheres que fizeram mastectomia, oferecendo reabilitação gratuita. O projeto é uma iniciativa que visa não apenas a recuperação física, mas também o apoio emocional, fundamental para as pacientes que enfrentam o câncer de mama.

O que é o FisioOnco

Fundado pela fisioterapeuta Giani Fonseca, o projeto acolhe mulheres que passaram pela remoção da mama pelo SUS e precisam de reabilitação especializada. As atividades acontecem quinzenalmente e incluem sessões com fisioterapeutas, psicólogos e terapeutas, promovendo um ambiente de acolhimento e troca de experiências.

Impacto na vida das pacientes

As pacientes relatam que o FisioOnco mudou suas vidas. Ana Lúcia, uma auxiliar de limpeza de 56 anos, compartilha que, após a mastectomia, encontrou apoio e amor no projeto. Ela afirma: “Aqui encontrei amor. Eu me reencontrei como mulher, porque não é fácil perder o cabelo, se aceitar sem a mama. Num piscar de olhos, tudo muda. A vida continua.”

A experiência de Tamilis

Tamilis, uma secretária de 35 anos, também se beneficiou do projeto. Após descobrir metástase óssea, ela encontrou no FisioOnco um espaço de acolhimento e reconquista da identidade. “Aqui somos acolhidas como pessoas, não como doentes. O câncer nunca me pertenceu, veio para me transformar”, diz Tamilis, ressaltando a importância do suporte emocional oferecido pelo grupo.

Estrutura do atendimento

Os encontros incluem atividades como drenagem linfática, exercícios de fortalecimento muscular e rodas de conversa sobre autoestima e sexualidade. Os profissionais se dedicam a ajudar as pacientes a aceitarem suas novas realidades e a se sentirem bem consigo mesmas, promovendo uma abordagem holística que considera o ser humano em sua totalidade.

O projeto, que não tem parceria com o SUS, depende de doações e do apoio de voluntários. Em 2023, a fisioterapeuta formalizou o projeto como uma ONG, permitindo que mais mulheres se beneficiassem desse importante trabalho de reabilitação e acolhimento.

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