Expectativa de boa produtividade na região
A colheita do trigo começou nos municípios do Vale do Ivaí, com expectativa de produtividade acima da média histórica.
A colheita do trigo começou nesta semana nos 15 municípios atendidos pelo Núcleo Regional da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) de Ivaiporã. O avanço ainda é tímido, com cerca de 3% da área colhida, mas deve ganhar ritmo nos próximos dias, caso o clima se mantenha firme, enquanto isso, produtores se preparam para o plantio da soja no fim de setembro.
Expectativas para a colheita
Segundo o engenheiro agrônomo Sérgio Carlos Empinotti, do Deral/Seab de Ivaiporã, as lavouras apresentam bom padrão sanitário e manejo cuidadoso por parte dos produtores. A expectativa é de produtividade acima de 3,5 mil quilos por hectare, número superior à média histórica da região, que gira em torno de 3 mil quilos. Grande parte das lavouras já está em maturação, aguardando apenas a redução da umidade do grão para acelerar a colheita.
Preços e mercado
O preço do trigo está cotado entre R$ 71,00 e R$ 74,00 por saca de 60 kg, conforme levantamento do mercado nesta semana. Após a colheita do trigo, será a vez da soja, principal cultura da região e responsável pela maior parte da renda agrícola do Vale do Ivaí. O plantio começa no fim de setembro e pode aumentar para cerca de 195 mil hectares, um aumento de 10 mil em relação ao ciclo anterior.
O futuro da soja
Esse avanço ocorre principalmente sobre áreas de pastagem convertidas em lavouras, em municípios como Rosário do Ivaí, Rio Branco do Ivaí e Grandes Rios. O preço da soja está em torno de US$ 20 por saca de 60 quilos, valor considerado estável e dentro da média histórica mundial. Mesmo sem os picos de anos anteriores, o cenário atual garante viabilidade ao produtor. Os agricultores já estão estruturados, com máquinas e insumos comprados, e por isso, devem manter o plantio normalmente.
Impacto da antecipação do plantio
Com a antecipação da semeadura da soja, os produtores esperam ampliar a janela de plantio do milho da segunda safra em 2026, o que pode garantir maior produção do cereal em comparação ao ano passado.