A Companhia Mungunzá formalizou uma contraproposta à Prefeitura de São Paulo, visando a transferência do Teatro de Contêiner para um novo terreno na rua Helvétia. A proposta inclui a ampliação do espaço para 1.400 m² e a criação de uma praça arborizada, além da cobertura dos custos de mudança pelo poder público. A iniciativa busca garantir a continuidade das atividades culturais em um espaço adequado e integrado à comunidade.
Apesar da mediação da ministra da Cultura, Margareth Menezes, e da Fundação Nacional de Artes (Funarte), a Prefeitura desmarcou reuniões agendadas para discutir a proposta. “Enviamos a contraproposta e ainda não tivemos retorno”, lamenta Marcos Felipe, ator e cofundador da Companhia Mungunzá, evidenciando a falta de diálogo por parte da gestão municipal. O impasse preocupa a companhia, que busca uma solução para a mudança.
Segundo a Companhia Mungunzá, a ministra Margareth Menezes visitou o Teatro de Contêiner e se comprometeu a interceder junto à Prefeitura. A presença federal sinaliza a importância do projeto cultural e a necessidade de um acordo. A proposta da companhia visa garantir um espaço que atenda às necessidades técnicas e conceituais do teatro.
A contraproposta da Mungunzá detalha as condições para a mudança, incluindo a transferência do terreno para a Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa e a formalização de um termo de cessão-parceria por 30 anos. O grupo se compromete a manter a função de praça pública e a realizar 250 ações artísticas por ano, gratuitas ou a preço popular. A iniciativa busca assegurar a sustentabilidade do projeto a longo prazo.
Em contrapartida, a companhia solicita o custeio da preparação arquitetônica e paisagística do terreno, o fornecimento de água e energia, e toda a logística da mudança. A Mungunzá propõe ainda a reinclusão do teatro nos programas Piá e Programa Vocacional, além de solicitar fomento às atividades previstas para o mês de reinauguração. A companhia aguarda um posicionamento da Prefeitura para dar andamento às negociações.