Ratinho Junior propõe que estados criem suas próprias leis penais para endurecer punições

Ratinho Junior propôs que os estados possam criar suas próprias leis penais para endurecer punições. Em uma palestra nesta terça-feira (6), na sede do Secovi, em São Paulo, o governador do Paraná defendeu a descentralização do direito penal como solução rápida e eficaz contra a violência. A ideia, segundo ele, é permitir que cada estado elabore sua própria legislação penal, com penas mais duras para crimes recorrentes em suas regiões.

Atualmente, a Constituição Federal define que o direito penal é competência exclusiva da União. Com a proposta do governador, essa responsabilidade passaria a ser concorrente — como já ocorre em temas como meio ambiente e habitação.

Legislação sob medida para a realidade local

Segundo Ratinho Junior, essa mudança permitiria respostas mais rápidas e diretas ao crime. Com a nova lógica, estados poderiam, por exemplo, qualificar o roubo de celulares — que hoje envolvem dados bancários e de saúde — sem depender de aprovação federal.

“Com uma medida simples resolvemos rapidamente a violência no Brasil. […] Estados precisam ter autonomia para endurecer as penas”, afirmou o governador.

Ele defendeu ainda que punições mais duras para criminosos representam mais liberdade para as famílias brasileiras, invertendo o cenário atual, em que, segundo ele, “o cidadão de bem vive trancado em casa e o bandido solto nas ruas”.

Apoio jurídico e político

Ratinho Junior afirmou que a proposta nasceu a partir de debates com juristas e que teria apoio popular e político, especialmente no Paraná.

“Se eu mandar um projeto para a Assembleia do Paraná falando que um criminoso que matou um trabalhador vai ficar 40 anos preso, ela aprova. O mesmo para casos de feminicídio”, garantiu.

O governador ainda destacou a agilidade como uma das maiores vantagens da descentralização.

Crimes regionais, respostas regionais

Ratinho Junior propôs que os estados possam criar suas próprias leis penais para endurecer punições, destacando que a dinâmica do crime varia conforme a região. Enquanto algumas áreas enfrentam problemas com facções organizadas, outras lidam com crimes patrimoniais ou feminicídios em escala preocupante.

“O crime muda muito rápido. Se não houver punição rápida e regional, ficamos discutindo teses que não resolvem a situação”, concluiu.

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