
Paraná em alerta com avanço das síndromes respiratórias graves
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou, nesta quinta-feira (12), o novo boletim epidemiológico com os dados mais recentes sobre as síndromes respiratórias graves no Paraná. O levantamento revela um cenário preocupante: entre 29 de dezembro de 2024 e 7 de junho de 2025, foram registrados 12.011 casos de SRAG com hospitalização e 598 óbitos no estado.
Este é o sexto informe do ano e tem como objetivo reforçar a vigilância e o monitoramento da Síndrome Gripal (SG) e da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), diante do avanço de vírus como Influenza, SARS-CoV-2, vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus.
Crianças e idosos são os mais vulneráveis
Segundo o boletim, a faixa etária mais atingida é a de crianças menores de seis anos, seguida pelos idosos. Dos casos registrados, 4.507 apresentavam fatores de risco, e 245 dos óbitos ocorreram entre pessoas com comorbidades.
O secretário estadual da Saúde, Beto Preto, reforça a importância da vigilância contínua:
“Vamos publicar os boletins semanalmente para permitir um acompanhamento mais preciso e ágil da situação no Paraná. O aumento de casos, especialmente entre o público infantil, exige respostas rápidas”.
Vacinação segue baixa entre grupos de risco
Entre os que apresentavam fatores de risco, 78,2% não haviam tomado a vacina contra a gripe, e 71,8% dos que morreram não estavam vacinados. A baixa adesão à vacinação tem sido um fator decisivo para o agravamento dos casos.
Dados detalhados dos casos e óbitos
Do total de 598 óbitos por SRAG no Paraná, os números foram:
• 124 (20,7%) por Influenza
• 79 (13,2%) por Covid-19
• 56 (9,4%) por outros vírus respiratórios
• 14 (2,3%) por outros agentes etiológicos
• 317 (53,0%) como SRAG não especificada
Outros 281 óbitos foram notificados como decorrentes de outras causas.
Além disso, o monitoramento de síndromes gripais por amostragem apontou 1.392 casos no período analisado.
Sistema de vigilância ativo em todo o estado
A vigilância das síndromes respiratórias graves no Paraná é realizada de forma contínua pela Sesa por meio da Diretoria de Atenção e Vigilância em Saúde. O estado mantém 34 unidades sentinela de Síndromes Gripais, distribuídas em 28 municípios das 22 Regionais de Saúde. Essas unidades coletam amostras de pacientes com sintomas gripais, que são analisadas pelo Lacen (Laboratório Central do Estado) e encaminhadas ao Ministério da Saúde via o sistema Sivep-Gripe.
Sintomas e cuidados
Entre os principais sintomas das SRAGs estão:
• Febre
• Calafrios
• Tosse
• Dor de garganta
• Dor no peito
• Desconforto respiratório
• Baixa saturação de oxigênio
• Cianose (coloração azulada nos lábios ou rosto)
A Sesa reforça as recomendações de prevenção, como:
• Higienização frequente das mãos
• Uso de máscara em ambientes fechados ou com aglomeração
• Atualização da carteira vacinal
• Isolamento em caso de sintomas gripais
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