
UEPG acolhe migrantes e transforma vidas em Ponta Grossa
A UEPG acolhe migrantes e transforma vidas em Ponta Grossa, oferecendo não apenas ensino, mas dignidade e futuro a quem busca recomeçar no Brasil. Através de projetos de extensão e programas de acolhimento, a universidade pública se tornou referência em inclusão e humanização de políticas migratórias.
No mês do Dia Mundial do Migrante e Refugiado, a UEPG celebra histórias reais de superação, aprendizagem e recomeço.
Promigra: porta de entrada para uma nova vida
O projeto de extensão Promigra (Processos Migratórios e Intercâmbio) é um dos principais canais de acolhimento. Com apoio de professores e alunos de diversos departamentos, o programa oferece:
• Aulas de português
• Atendimento sociojurídico
• Rodas de conversa sobre xenofobia
• Atividades educativas para crianças
Em três anos, o Promigra já atendeu 140 pessoas, mostrando que a UEPG acolhe migrantes e transforma vidas em Ponta Grossa.
Histórias de coragem e recomeço
🛫 Da Venezuela ao Paraná
A venezuelana Belky Liliana Rivera Dávila fugiu da fome e da insegurança para dar uma nova chance ao filho mais novo. Após cruzar trilhas perigosas até o Brasil, ela encontrou em Ponta Grossa, na UEPG e na Cáritas, apoio para estudar, buscar emprego e recuperar a autoestima.
Com formação superior e pós-graduação, Belky luta contra a discriminação no mercado de trabalho e não desiste: “Faço tudo pelo futuro do meu filho”.

🧑🎨 Do Paraguai para uma nova vida
Carlos Daniel Piñanez Monges, ex-diretor de Belas Artes em Assunção, chegou ao Brasil gravemente doente. Em Ponta Grossa, reencontrou a saúde com ajuda do SUS e da Cáritas. Estudou português na UEPG e encontrou novos amigos e motivos para viver. Hoje, escreve e atua em peças de teatro, mantendo viva sua paixão pela arte.

🎓 Da Ucrânia para o Paraná acadêmico
A doutora Yaroslava Muravetska fugiu da guerra na Ucrânia após bombardeios próximos à sua casa. Chegou ao Brasil pelo Programa Paranaense de Acolhida aos Cientistas Ucranianos, e hoje atua na UEPG com pesquisas em literatura digital e inteligência artificial. Ela relata que a UEPG acolhe migrantes e transforma vidas em Ponta Grossa, com empatia e receptividade incomuns.

Dados e desafios da migração no Paraná
Segundo o Sismigra, mais de 175 mil migrantes vivem no Paraná, oriundos de 195 países. A maior parte busca trabalho, segurança e dignidade. Muitos chegam qualificados, mas enfrentam barreiras como idioma, preconceito e burocracia para revalidar diplomas.
A pesquisa da mestra Anna Isabela Ringvelski Costa, da UEPG, mostrou que migrantes acabam em empregos de menor qualificação e jornadas exaustivas. Mulheres, especialmente mães, enfrentam mais dificuldades. A pesquisa reforça a importância de políticas intersetoriais de empregabilidade.
Ações que acolhem e capacitam
A assistente social da Cáritas, Érica Clarindo, destaca a parceria com a universidade: “A UEPG acolhe migrantes e transforma vidas em Ponta Grossa, devolvendo dignidade a quem perdeu tudo”.
A professora Marilisa Oliveira, do Departamento de Administração, prepara um novo projeto para fomentar o empreendedorismo entre os migrantes, com oficinas sobre plano de negócios, precificação e participação em feiras.
Presença no Comitê Municipal
A UEPG também tem assento no Comitê Municipal para Migrantes, Refugiados e Apátridas, atuando ativamente na formulação de políticas públicas locais. A professora Lenir Aparecida Mainardes da Silva, coordenadora do Promigra, reforça: “Migrar é um processo duro, mas saber que há instituições dispostas a acolher é fundamental para seguir em frente”.
Semana Municipal do Migrante e Refugiado
Desde 2023, Ponta Grossa celebra, por lei, a Semana Municipal do Migrante e do Refugiado, entre 19 e 23 de junho. O período é voltado a debates sobre direitos, integração e empregabilidade, reforçando o papel da UEPG como protagonista na acolhida humanizada.
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