Com Sareh, aluno de Ponta Grossa mantém rotina escolar durante tratamento contra o câncer

Em Ponta Grossa, escola chega até o hospital

Uma aula de História se transformou em lição de vida em Ponta Grossa. De um lado, o professor Rudimar Bertotti, da rede estadual do Paraná. Do outro, Eliel Davi Martins, aluno do 6º ano com leucemia linfoide aguda. O sonho de Eliel? Ser cientista e descobrir a cura do câncer. A aula aconteceu fora da sala tradicional, dentro de uma unidade de saúde, por meio do Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar (Sareh), coordenado pela Secretaria da Educação do Paraná.

Educação que ultrapassa barreiras

O atendimento individualizado do Sareh garante que alunos em tratamento de saúde mantenham o vínculo com o aprendizado. Eliel está sendo acompanhado desde a primeira fase do tratamento em Curitiba e, agora, em Ponta Grossa, onde mora, seguirá com aulas com apoio do Sareh e da escola de origem. A experiência reforça a escola é vida.

Conhecimento como ferramenta de cura

“Desse cenário ruim e triste, o que deixou o Eliel mais triste foi saber que não poderia ir à escola”, contou o pai, Luciano Martins. Com o Sareh, a esperança voltou: “Ele fica ansioso pelos dias de aula”. O menino, que perdeu a mãe para o câncer, reforçou ainda mais sua meta: “Mais do que nunca, eu vou ser cientista para descobrir a cura”.

Escola é vida — Em Ponta Grossa, aluno com câncer mantém sonho de ser cientista com apoio do Sareh e aulas individualizadas durante o tratamento.

Atendimento pedagógico e emocional

Com presença em 19 instituições do Estado, o Sareh atendeu 10 mil estudantes só em 2024. O plano pedagógico respeita o momento emocional e físico de cada aluno, e pode ocorrer de forma presencial ou remota. Para muitos estudantes, essa continuidade representa não apenas aprendizado, mas acolhimento. Escola é vida, e isso impacta diretamente o tratamento.

De Ponta Grossa para o Brasil

Embora o Sareh atenda a rede pública do Paraná, alunos de outros estados também recebem apoio. A estudante Bruna Fernandes, do Rio de Janeiro, é um exemplo. Após transplante de medula, ela seguiu aprendendo graças à dedicação dos professores do Paraná. “Eu já quis parar de estudar, mas me mantive firme. Quero crescer, fazer faculdade, tudo”, disse Bruna.

Formação, sonho e pertencimento

Segundo a pedagoga Elaine Marques, o sentimento de pertencimento ao ambiente escolar é decisivo para a recuperação. “Escola é vida. Isso ajuda o psicológico, o aprendizado e mostra que os sonhos podem continuar vivos mesmo durante o tratamento”.

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