
Besouro Saltador dos Campos Gerais é identificado por equipe da universidade
Pesquisadores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) deram um passo inédito na ciência mundial: a UEPG descobre nova espécie de besouro com técnicas avançadas de genética e morfologia. O estudo, coordenado pela professora Mara Cristina de Almeida, do Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas, contou com a participação dos mestrandos Raylen Ramos e Bruno Begha, no Laboratório de Genética e Evolução (Labgev).
A espécie identificada foi batizada de Alagoasa neoequestris sp. nov., popularmente conhecida como Besouro Saltador dos Campos Gerais. Pequeno, com manchas vermelhas e brancas, o inseto vive em áreas da região Sul e do estado de São Paulo.
Itaiacoca foi o cenário da descoberta científica
A equipe coletou 52 besouros em Itaiacoca, distrito a 32 km de Ponta Grossa, e descobriu que a morfologia era semelhante à de espécies já conhecidas, mas o número de cromossomos era muito diferente.
“Queríamos entender esses cromossomos diferentes e, ao analisar os detalhes, nos deparamos com uma terceira espécie. Quando pedimos a identificação, percebemos que ela ainda não havia sido descrita”, relembra a professora Mara.


Mestrado vira marco pessoal para estudante
Raylen Ramos, que desenvolveu a pesquisa no Mestrado em Biologia Evolutiva, analisou os cromossomos do besouro e confirmou que se tratava de uma nova espécie. “A cada passo, era uma vitória. Nunca imaginei viver isso quando entrei na Biologia”, comemora.
Detalhes minuciosos comprovaram a descoberta
Bruno Begha atuou como sistemata, analisando a anatomia do inseto, incluindo estruturas como cabeça, asas e, principalmente, a genitália, que funciona como um sistema de “chave e fechadura”, único em cada espécie.
“É esse padrão que nos permite confirmar que estamos diante de uma nova espécie. A diferença é clara e mensurável”, explica.
Reconhecimento internacional
A imagem do novo besouro virou capa da revista internacional Zoologischer Anzeiger, especializada em zoologia. A conquista foi comemorada pela equipe. “É um reconhecimento pelo trabalho sério e dedicado dos nossos alunos. Trabalhar com ciência é isso: exige esforço, mas traz recompensas incríveis”, diz Mara, que pesquisa besouros há mais de 20 anos.
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