Paraná sai na frente e lança primeiro plano estadual de segurança no trânsito do Brasil

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Paraná lança plano estadual de segurança no trânsito com meta de reduzir em 50% as mortes até 2030. Documento pioneiro no Brasil propõe 115 ações para garantir mobilidade segura e salvar vidas.
Paraná lança plano estadual de segurança no trânsito com meta de reduzir em 50% as mortes até 2030. Documento pioneiro no Brasil propõe 115 ações para garantir mobilidade segura e salvar vidas.

PETRANS-PR 2025–2030 estabelece metas ousadas e ações concretas

O Paraná lança plano estadual de segurança no trânsito com metas ambiciosas para os próximos cinco anos. O PETRANS-PR 2025–2030 tem como objetivo reduzir pela metade o número de mortes no trânsito até 2030, com base nos dados de 2020. À época, o índice era de 21,7 óbitos por 100 mil habitantes. A meta é atingir 10,8 até o fim da década.

Estado lidera agenda nacional de segurança viária

O Paraná foi o primeiro estado brasileiro a finalizar o plano, que tem 30 metas específicas e 115 ações estratégicas. O documento reúne medidas que vão desde a melhoria na infraestrutura viária até o fortalecimento da governança intersetorial. Participaram da elaboração 35 entidades, entre secretarias estaduais, órgãos públicos e organizações da sociedade civil.

Coordenado pelo Detran-PR, o PETRANS foi aprovado por um grupo técnico interinstitucional e segue agora para avaliação da Casa Civil e outros órgãos, antes do lançamento oficial.

Plano aposta em mudança de paradigma

Inspirado na estratégia sueca Visão Zero, o plano considera qualquer morte no trânsito como inaceitável. A proposta defende a segurança viária como um direito de todos e dever do Estado. Por isso, apresenta uma abordagem sistêmica e integrada, com foco na criação de sistemas seguros.

“Estamos tratando a segurança viária com a seriedade e o comprometimento que ela exige. Não é apenas um plano, é uma política pública permanente em defesa da vida”, afirmou o presidente do Detran-PR, Santin Roveda.

Diagnóstico mostra desafios e desigualdades regionais

O diagnóstico que embasou o PETRANS revela um crescimento acelerado da frota paranaense: de 48 para 73 veículos por 100 habitantes entre 2010 e 2024. Em contraste, houve queda de 24% na emissão de CNHs no mesmo período.

Outro dado alarmante: municípios com menos de 20 mil habitantes concentram 29% das mortes no trânsito, mesmo reunindo apenas 21% da população estadual. Em cidades com mais de 100 mil moradores, os óbitos chegam a 42% do total.

Motociclistas, jovens e idosos são as principais vítimas

Em 2023, as faixas etárias com maior número de vítimas foram jovens de 20 a 29 anos (21%) e idosos acima de 60 anos. Lesões com motocicletas geraram mais de R$ 10 milhões em internações no SUS em 2024, revelando a gravidade do problema e a necessidade de ações focadas neste público.

Custo das mortes no trânsito ultrapassa R$ 1 milhão por caso

O plano também calcula os impactos econômicos dos acidentes. Cada sinistro custa, em média, R$ 107 mil. Já as internações por ferimentos ultrapassam R$ 159 mil. Em caso de morte, o custo médio é de cerca de R$ 1 milhão. Em 2023, os acidentes de trânsito geraram R$ 20 milhões em despesas hospitalares no Paraná.

Redução de mortes no trânsito é compromisso com a vida

Segundo o Detran-PR, o Paraná lança plano estadual de segurança no trânsito como resposta a um problema nacional, com foco em ações locais. O documento se alinha aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e ao Pnatrans, firmado em 2021, quando o Paraná foi o primeiro estado a aderir formalmente ao programa.

“Não há progresso possível sem garantir o direito de ir e vir com segurança. Este plano é um marco de liderança do Paraná nas políticas públicas de trânsito”, destacou Roveda.

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