Disputa interna no PT expõe racha e projeta desafios para 2026

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O Partido dos Trabalhadores (PT) realiza neste domingo (6/7) eleições internas para renovar suas direções municipais, estaduais e nacional. Mais de 2 milhões de filiados definirão os rumos da legenda nos próximos quatro anos, em um processo marcado por tensões e articulações estratégicas. A disputa, que definirá o sucessor de Gleisi Hoffmann na presidência nacional, é vista como um termômetro para os desafios que o partido enfrentará nas eleições de 2026.

O nome mais forte para assumir a presidência nacional é o de Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara. Silva conta com o apoio de figuras de proa do partido, incluindo o presidente Lula, Gleisi Hoffmann, Fernando Haddad e José Dirceu. Além dele, outros três candidatos concorrem ao cargo: Rui Falcão, Romênio Pereira e Valter Pomar, embora com chances menores de levar a disputa para um segundo turno.

A votação ocorre neste domingo, das 9h às 17h, nos diretórios municipais de todo o país. Os filiados residentes no exterior também poderão votar para a presidência nacional. A expectativa é que o resultado seja divulgado na segunda-feira, após a apuração dos votos.

Contudo, a eleição interna não se resume à disputa nacional. Nos estados, a corrida pelas presidências estaduais e municipais tem sido acirrada, com trocas de acusações e divisões internas. Minas Gerais é um exemplo, com uma disputa judicial envolvendo a candidatura de Dandara Tonantzin, que chegou a ser suspensa por uma dívida partidária, mas foi liberada por liminar.

Outros estados, como Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Paraná, Espírito Santo, Bahia e Rio de Janeiro, também apresentam cenários complexos e disputas acirradas. “As disputas internas nos estados mostram, dentro do partido, visões divergentes do tom que o governo Lula deve adotar para a disputa presidencial no próximo ano”, ressalta um analista político.

A eleição interna do PT não é apenas uma renovação de quadros, mas também uma prévia das disputas por candidaturas em 2026, como a corrida ao Senado e a construção de alianças com outros partidos. O resultado do pleito interno poderá indicar os caminhos que o partido seguirá nos próximos anos e sua capacidade de se manter relevante no cenário político nacional.

Fonte: http://www.metropoles.com

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