Guerra Fria na Inteligência: PF e Abin trocam farpas em meio a escândalo da ‘Abin Paralela’

A crise em torno da suposta ‘Abin Paralela’ escalou para um confronto aberto entre a Polícia Federal (PF) e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Servidores da Abin, representados pela União dos Profissionais de Inteligência de Estado (Intelis), criticam a atuação da PF no caso, acusando a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) de proteger agentes indiciados.

No centro da disputa está a ocupação de cargos estratégicos na Abin por delegados da PF. A Intelis argumenta que essa presença revive traumas associados a práticas de arapongagem, mencionando os casos de Alexandre Ramagem, Paulo Lacerda e o atual diretor-geral da agência, Luiz Fernando Corrêa, todos com históricos de indiciamento.

A ADPF, por sua vez, rebate as acusações, classificando-as como “narrativa equivocada”. A associação defende a competência técnica e a experiência dos delegados federais, destacando sua atuação em posições de liderança em órgãos federais e internacionais, citando o Secretário-Geral da Interpol como exemplo.

O conflito atingiu o Planalto durante uma reunião secreta no Congresso. A Intelis distribuiu um panfleto denunciando o “sucateamento” da Abin e criticando o ministro da Casa Civil, Rui Costa, inclusive sugerindo sua convocação para prestar esclarecimentos. A insatisfação dos servidores abrange desde a exposição de agentes sem ligação com a ‘Abin Paralela’ até a alegada omissão da Casa Civil.

A Intelis pleiteia uma reforma no marco legal da Abin e a convocação do ministro Rui Costa. A crise na agência se intensificou desde março de 2023, quando a Abin passou a ser subordinada à Casa Civil, após anos integrando a estrutura do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

Fonte: http://www.metropoles.com

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