Em evento em Juazeiro (BA), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva elevou o tom contra as recentes ameaças de taxação por parte dos Estados Unidos. Lula classificou como “desaforada” uma carta assinada por Donald Trump, que, segundo o presidente brasileiro, pressiona pela interrupção de processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Lula questionou a legitimidade da demanda, sugerindo que a ação de Trump poderia ter sido influenciada por aliados de Bolsonaro. “Estes dias o presidente Trump, a troco não sei de que… manda uma carta desaforada pra mim… ‘Se não soltar Bolsonaro, dia 1 de agosto vou taxar o Brasil em 50%’. Veja que coisa absurda”, declarou.
O presidente brasileiro enfatizou a independência dos poderes e descartou qualquer interferência do Executivo nos processos judiciais. Ele reafirmou seu compromisso com a negociação, mas ressaltou que o Brasil não se curva a pressões externas. “Não é imperador do mundo. Para cuidar do Brasil, quem cuida somos nós”, afirmou Lula.
Em um discurso com tom de campanha, Lula sinalizou a possibilidade de disputar a reeleição em 2026. Ele justificou a decisão como uma medida para evitar o retorno de forças políticas que considera prejudiciais à democracia brasileira. “Se for necessário ser candidato para evitar que essa turma do ‘coisa’ volte, fique certo que serei candidato para ganhar essas eleições”, disse o presidente.
Além da reação à carta de Trump, a visita de Lula à Bahia teve como objetivo apresentar resultados do Novo PAC na área da saúde. O evento contou com a presença do governador Jerônimo Rodrigues e dos ministros Rui Costa e Alexandre Padilha, reforçando o compromisso do governo com o desenvolvimento regional e a melhoria dos serviços públicos.
Fonte: http://www.metropoles.com