Ex-presidente é alvo de mandados de busca, restrições e monitoramento
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso pela Polícia Federal (PF) na manhã desta sexta-feira (18), em Brasília (DF), durante uma operação autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A ação também cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao Partido Liberal (PL), legenda de Bolsonaro.
Agentes da PF chegaram à residência do ex-presidente, no bairro Jardim Botânico, no início da manhã. Bolsonaro foi conduzido à sede da corporação, onde passou por instalação de tornozeleira eletrônica.
Prisão inclui restrições e suspeita de fuga
Além da prisão, o STF determinou medidas cautelares severas:
• Bolsonaro está proibido de usar redes sociais;
• Não poderá manter contato com diplomatas, embaixadores ou outros investigados;
• Terá de permanecer em casa entre 19h e 7h;
• Está impedido de se aproximar de qualquer embaixada.
A decisão foi tomada após indícios de que o ex-presidente poderia tentar fugir do país e buscar asilo político nos Estados Unidos, com ajuda de aliados como seu filho, Eduardo Bolsonaro, que está nos EUA.
STF acelera processo por tentativa de golpe
As novas medidas acontecem na fase final do processo que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), Bolsonaro foi o “principal articulador e maior beneficiário” do plano para impedir a posse do presidente Lula (PT).
O procurador-geral Paulo Gonet pediu a condenação de Bolsonaro por cinco crimes, incluindo:
• golpe de Estado,
• organização criminosa armada,
• e dano ao patrimônio da União.
A pena pode ultrapassar 40 anos de prisão. O julgamento no STF deve ocorrer entre agosto e setembro.
Tentativa de interferência estrangeira é rebatida
O presidente Lula criticou duramente os ataques às instituições. Em pronunciamento oficial, afirmou:
“Tentativas de interferência estrangeira são chantagens inaceitáveis. Contamos com um Judiciário independente.”
A fala responde à pressão feita por aliados de Bolsonaro após Donald Trump anunciar tarifas de 50% sobre exportações brasileiras, alegando censura do STF às plataformas digitais americanas.
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