A Polícia Civil de Ponta Grossa concluiu o inquérito que apura um esquema de fraude interna envolvendo 18 ex-funcionários das Casas Bahia, indiciados pelos crimes de estelionato e associação criminosa. Segundo as investigações, o grupo manipulou o sistema de vendas da loja durante a campanha interna “Super Feras em Vendas”, que premiava colaboradores com viagens e bonificações.
Esquema burlava premiação com vendas duplicadas
De acordo com o delegado Gabriel Munhoz, os investigados realizavam vendas normais, recebiam o pagamento do cliente, mas depois cancelavam a compra. O valor pago era convertido em crédito, que era usado para registrar uma nova venda, aumentando artificialmente os pontos na campanha.
A falha no sistema impedia a atualização correta das vendas canceladas, permitindo que os benefícios fossem computados mais de uma vez, sem prejuízo aos clientes. O golpe mirava exclusivamente os prêmios da campanha.
Prejuízo de mais de R$ 200 mil
O relatório interno da empresa apontou que o prejuízo total ao Grupo Casas Bahia foi de R$ 205.343,97. A unidade de Ponta Grossa foi a mais afetada, sendo o local onde o funcionário que mais lucrou com a fraude obteve R$ 16.355,03 em benefícios indevidos.
Todos os envolvidos foram demitidos em abril de 2025, após a empresa identificar inconsistências e repassar as informações à polícia.
Cooperação da empresa foi essencial
A investigação contou com relatório técnico de 426 páginas fornecido pelo Grupo Casas Bahia S.A., detalhando o funcionamento do esquema. A empresa colaborou com documentos e registros do sistema interno que comprovaram a ação coordenada dos envolvidos.
O inquérito foi finalizado e encaminhado ao Ministério Público, que agora analisa se oferece denúncia contra os acusados.
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