O Ministério Público do Amazonas (MPAM) formalizou um pedido à Justiça para a prisão preventiva de quatro policiais militares e um guarda municipal. Eles são suspeitos de estuprar repetidamente uma mulher da etnia Kokama enquanto ela estava sob custódia na delegacia de Santo Antônio do Içá, no interior do estado. A gravidade das acusações levou o MPAM a solicitar medidas adicionais para garantir a segurança da vítima e o bom andamento das investigações.
Além da prisão preventiva, o MPAM requereu a suspensão do porte de armas dos acusados e o afastamento de suas funções públicas. Essas medidas visam impedir que os suspeitos utilizem seus cargos ou armamentos para intimidar testemunhas ou obstruir a justiça. O pedido de prisão foi protocolado na sexta-feira (25/7), reforçando a urgência do caso.
A denúncia da indígena detalha os abusos sexuais sofridos enquanto estava detida ilegalmente na 53ª Delegacia de Santo Antônio do Içá. Segundo a vítima, os crimes começaram em novembro de 2022. A defesa da indígena confirmou ao Metrópoles que, durante esse período, a mulher amamentava seu bebê recém-nascido, que permaneceu detido com ela por cerca de dois meses, aumentando a crueldade da situação.
O pedido de prisão preventiva se justifica, segundo o MPAM, pela necessidade de garantir a ordem pública, proteger a integridade da vítima e evitar qualquer interferência indevida no curso das investigações. A gravidade dos crimes imputados aos agentes públicos exige uma resposta firme e célere do sistema de justiça, assegurando que os responsáveis sejam devidamente responsabilizados pelos seus atos.
Fonte: http://www.metropoles.com