A dívida pública federal (DPF) atingiu a marca de R$ 7,88 trilhões em junho, um aumento de 2,77% em relação aos R$ 7,67 trilhões registrados em maio. Os dados, divulgados pelo Tesouro Nacional em seu relatório mensal da dívida pública federal (RMD), revelam um cenário de crescente endividamento do país.
Com esse resultado, o estoque da dívida pública federal ultrapassou os limites estabelecidos no Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2025. A previsão inicial era de que a dívida oscilasse entre R$ 8,1 trilhões e R$ 8,5 trilhões ao longo do ano, o que demanda atenção redobrada das autoridades econômicas.
Apesar do aumento da dívida, o prazo médio para o governo refinanciá-la apresentou uma leve diminuição, passando de 4,20 anos em maio para 4,14 anos em junho. Esse indicador permanece dentro da margem de 3,8 a 4,2 anos estipulada pelo PAF 2025. Contudo, a necessidade de refinanciamento em um prazo mais curto pode gerar pressões adicionais sobre as contas públicas.
Para entender a dimensão da dívida pública federal, é importante ressaltar que ela é contraída pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal, ou seja, quando os gastos superam a arrecadação. Em 2024, o estoque da dívida pública federal totalizou R$ 7,3 trilhões, mantendo-se dentro dos limites previstos no Plano Anual de Financiamento do ano anterior.
Em um contraponto, a reserva de liquidez da dívida pública, também conhecida como “colchão”, apresentou um crescimento significativo em junho, expandindo 19,64% e atingindo R$ 1,03 trilhões. Esse montante é suficiente para cobrir 8,44 meses de vencimentos de títulos, proporcionando uma certa segurança em relação ao pagamento das obrigações financeiras do governo.
Fonte: http://www.metropoles.com