Professor agride aluno de 14 anos em escola estadual de Ponta Grossa; caso é investigado

Violência dentro da sala de aula

Um professor de 59 anos agrediu um aluno de 14 com empurrões e chutes dentro da sala de informática do Colégio Estadual Professor José Gomes do Amaral, no bairro Santa Terezinha, em Ponta Grossa (PR). O caso aconteceu na manhã de quarta-feira (6), por volta das 10h25, e foi registrado por câmeras de segurança da escola.

O que mostram as imagens

As imagens, obtidas com exclusividade pelo g1, mostram que aluno e professor estavam sentados lado a lado quando começaram uma discussão. Ambos se levantaram, e o professor empurrou o adolescente, que revidou. Em seguida, o docente tentou agredir o aluno com um chute.

Uma segunda professora, de 26 anos, tentou intervir, mas também foi atingida durante a confusão.

Três pessoas ficaram feridas

Segundo o Boletim de Ocorrência, além do aluno agredido, outro estudante – que tentou apartar a briga – sofreu hematomas no braço. A professora que interveio também acabou ferida com golpes.

A Patrulha Escolar da Polícia Militar foi chamada e levou os dois professores, os alunos envolvidos e seus responsáveis para a delegacia da Polícia Civil.

Professor alega legítima defesa

À polícia, o professor afirmou que foi insultado, ameaçado e agredido verbalmente pelos alunos e que apenas se defendeu. Disse também que teria sido provocado, mas não detalhou os motivos.

Já os adolescentes negam as acusações. Um deles afirmou que o professor bateu a mão na mesa num gesto de fúria, e ele teria respondido: “Não tenho medo do senhor”. A versão foi confirmada por outro aluno presente. A professora envolvida disse não ter ouvido o início da discussão por estar distante.

Professor assinou termo e foi liberado

O professor assinou um termo circunstanciado por lesão corporal. Como o caso é considerado de menor potencial ofensivo, não houve prisão em flagrante. As vítimas foram registradas como os dois alunos e a professora.

O próximo passo será uma audiência no Juizado Criminal. Se não houver acordo entre as partes, o caso pode ser transformado em inquérito policial.

Secretaria de Educação repudia agressão

A Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed-PR) divulgou nota afirmando que recebeu a informação “com indignação” e que repudia qualquer tipo de violência no ambiente escolar.

“As medidas cabíveis estão sendo adotadas conforme a legislação vigente”, disse a Seed-PR.

O órgão também informou que:
• O professor é concursado;
• Solicitou ao Ministério Público de Ponta Grossa o afastamento do servidor;
• O caso foi comunicado ao Conselho Tutelar;
• Será aberto um processo administrativo interno;
• A equipe da Seed e o Departamento de Educação em Direitos Humanos estão prestando apoio à comunidade escolar.