Pai preso por matar bebê em Ponta Grossa já agrediu ao menos seis crianças, diz polícia

Investigado por homicídio doloso contra o filho de dois meses

  • Lucas Rodrigues Soares está preso preventivamente em Ponta Grossa após ser acusado de matar o próprio filho, um bebê de dois meses. Segundo a Polícia Civil, o caso é tratado como homicídio doloso, com lesões provocadas por “ação contundente”. O laudo indica traumatismo cranioencefálico como causa da morte.

A prisão ocorreu no dia 19 de julho. A mãe do bebê encontrou o filho morto ao acordar de madrugada. Ele estava com a pele fria, ferimentos no rosto e na cabeça. O pai foi preso dentro da casa, em flagrante.

Histórico revela violência contra outras crianças e mulheres

De acordo com o delegado Luis Gustavo Timossi, o suspeito já agrediu ao menos seis crianças — todos filhos ou enteados. Os atos violentos teriam ocorrido quando as mães das vítimas saíam para trabalhar.

Casos anteriores atribuídos ao suspeito:
• 2016: deu um tapa no rosto do enteado de 3 anos.
• 2017: mordeu o corpo de um filho de 2 meses, deixando marcas visíveis.
• 2021: fraturou o fêmur de um enteado de 2 meses.
• Jogou um gato de estimação sobre um enteado de 2 anos durante o banho.
• Deu superdosagem de medicamento a um recém-nascido.
• 2025: matou o filho de dois meses com uma pancada na cabeça.

A polícia também investiga uma tentativa de feminicídio em 2016, quando Lucas teria tentado estrangular uma ex-companheira. Ela não denunciou por medo.

Suspeito demonstrou frieza durante interrogatório

Ainda segundo o delegado, Lucas não demonstrou nenhuma emoção ao ser interrogado. Ao ser perguntado sobre o crime, alegou “não lembrar” de nada e sugeriu que o bebê teria apenas engasgado com leite. Porém, exames periciais e os ferimentos constatados contradizem essa versão.

Mãe do bebê tentou pedir ajuda, mas foi esfaqueada

A mãe da criança, de 32 anos, contou à polícia que foi impedida de ligar para o SAMU. Após insistir, ela foi agredida e esfaqueada pelo companheiro. Mesmo ferida, esperou que ele dormisse, pulou o muro da casa com o bebê nos braços e correu até a base da Guarda Civil Municipal.

Os guardas acionaram socorro, mas o bebê já estava sem sinais vitais.

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