O iminente julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), agendado para a próxima terça-feira (2), está atraindo a atenção do governo dos Estados Unidos. Segundo informações divulgadas pela colunista Mariana Sanches, do UOL, Washington estaria considerando a imposição de novas sanções econômicas ao Brasil, dependendo do desfecho do processo.
Embora a Casa Branca e o Departamento de Estado não tenham confirmado oficialmente a informação, a jornalista apurou que possíveis retaliações incluem medidas financeiras, novas rodadas de cassação de vistos de autoridades brasileiras e a revisão de produtos nacionais sujeitos a tarifas de importação elevadas. A movimentação de Washington ocorre em meio a crescentes tensões políticas no Brasil.
Paralelamente, figuras como o deputado federal Eduardo Bolsonaro e o comentarista Paulo Figueiredo planejam viajar a Washington durante o julgamento para fornecer informações diretamente ao governo Trump. A estratégia visa pressionar por uma anistia a Jair Bolsonaro e seus aliados, intensificando o debate sobre a interferência externa no cenário político brasileiro.
A repercussão do julgamento de Bolsonaro transcende as fronteiras do Brasil. A revista britânica The Economist, por exemplo, publicou recentemente uma edição elogiando a democracia brasileira e utilizando uma imagem de Bolsonaro como símbolo de extremismo. “Imagine um país onde um presidente polarizador perde sua tentativa de reeleição e se recusa a aceitar o resultado…”, escreveu a revista, traçando um paralelo com eventos políticos em outros países.
O acompanhamento do julgamento por parte dos EUA e a possibilidade de novas sanções evidenciam a complexidade e a importância do caso Bolsonaro para a comunidade internacional. Resta aguardar os desdobramentos do julgamento no STF e as possíveis reações de Washington.