Mino Carta foi o maior jornalista brasileiro, diz Lula

Presidente homenageia o jornalista durante velório em São Paulo

Mino Carta foi o maior jornalista brasileiro, diz Lula
Funeral de Mino Carta no Cemitério São Paulo. Foto: Agência Brasil

Lula destaca a importância de Mino Carta para o jornalismo brasileiro durante velório.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a trajetória de Mino Carta, que faleceu recentemente, afirmando que o Brasil perdeu seu maior jornalista. Lula fez questão de comparecer ao velório de Mino, ocorrido no Cemitério São Paulo, em São Paulo. Durante a cerimônia, o presidente ressaltou a importância de Mino para o jornalismo, afirmando que ele é “inegavelmente o melhor jornalista brasileiro de todo o século 20 e do começo do século 21”.

O impacto de Mino Carta no jornalismo brasileiro

Mino Carta foi um dos grandes nomes da imprensa nacional, responsável pela criação de revistas como Veja e Carta Capital. Lula lembrou que a primeira vez que foi capa de um grande veículo de imprensa foi na revista IstoÉ, em 1978, quando a publicação o destacou com a manchete “Lula e os Trabalhadores do Brasil”. Segundo o presidente, essa exposição foi crucial para sua visibilidade no cenário político e ajudou a reanimar a luta dos trabalhadores no país.

“Foi gentileza do Mino Carta ter a disposição, em um momento importante do recomeço da luta dos trabalhadores, em fazer uma capa na IstoÉ que me ajudou e me colocou no cenário brasileiro da imprensa”, disse Lula.

Reflexões de colegas sobre Mino Carta

Durante o velório, o jornalista Juca Kfouri também prestou sua homenagem, ressaltando a indignação constante de Mino e sua postura firme em relação aos princípios que defendia. Kfouri destacou que Mino era uma figura que não se omitia e que, em determinado momento, criou seus próprios empregos devido à sua intransigência. Ele afirmou que não se pode contar a história da imprensa brasileira sem dedicar um capítulo especial a Mino Carta.

A filha de Mino, Manuela Carta, compartilhou sua perspectiva sobre o pai, enfatizando que sua personalidade rígida em suas convicções era uma marca registrada. Em tom pessoal, Manuela lembrou de como as discussões em casa eram intensas: “Ele era completamente irredutível em suas convicções. Eu briguei com ele inúmeras vezes”, contou, revelando um lado mais íntimo do jornalista.

O legado de Mino Carta para as novas gerações

Manuela também expressou sua visão sobre o Brasil que Mino Carta não conseguiu ver realizado. Ela afirmou que seu pai tinha visões sobre o futuro do país que não se concretizaram como ele esperava. Apesar de ser amigo de Lula, Mino também foi crítico em relação a várias questões do governo do ex-presidente, refletindo sua postura independente e crítica, característica que moldou sua carreira.

O legado de Mino Carta vai muito além de suas publicações; ele representa um marco na luta pela liberdade de expressão e pela verdade no jornalismo brasileiro. Seu trabalho e suas convicções permanecerão como exemplo para as futuras gerações de jornalistas e para a sociedade em geral. A morte de Mino Carta é uma grande perda, mas seu impacto será lembrado por muito tempo.

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