Presidente comenta julgamento de Jair Bolsonaro e críticas a interferências externas.
Lula comentou o julgamento de Jair Bolsonaro e destacou a importância da justiça.
Lula e o julgamento do STF
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou recentemente sobre o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus. As declarações foram feitas após a participação de Lula no velório do jornalista Mino Carta, em São Paulo. O ex-presidente Bolsonaro é acusado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, de tentar implementar um golpe de Estado para permanecer no poder após sua derrota nas eleições de 2022.
Lula ressaltou que os fatos estão sendo revelados e que a população está começando a perceber o período difícil que o Brasil enfrentou. Ele comentou que Mino Carta, se estivesse presente, possivelmente escreveria sobre a importância dos eventos recentes na história do país.
Expectativas sobre a justiça
Ao ser questionado sobre o julgamento no STF, Lula expressou sua esperança de que “seja feita a justiça”, enfatizando a necessidade de que o processo seja conduzido com base em provas e no respeito à presunção de inocência dos acusados. O presidente fez uma analogia com sua própria experiência, afirmando que, apesar de ter sido injustamente acusado, não se deixou abater e lutou por sua defesa.
“Ninguém está julgando ninguém pessoalmente. Existe um processo, há autos e delações, e a pessoa acusada tem o direito à presunção de inocência. Se é inocente, deve provar sua inocência”, declarou Lula.
Críticas à interferência externa
Durante a coletiva, Lula também abordou as tentativas de interferência do ex-presidente dos EUA, Donald Trump. Ele afirmou que não há razão para temer acusações vindas de fora do Brasil. Segundo Lula, as ações dos Estados Unidos refletem um comportamento inaceitável de um governo que tenta julgar a justiça de outro país.
“O que está acontecendo com os Estados Unidos é que eles exacerbaram a situação. Um governo não deve interferir na justiça de outro país. É algo inacreditável”, disse Lula, acrescentando que Trump não foi eleito para ser um imperador global.
O presidente brasileiro reafirmou seu desejo de manter uma relação amigável com os Estados Unidos, afirmando: “Eu não tenho interesse em brigar com os Estados Unidos. Quero que essa amizade de 201 anos continue a existir de forma democrática por mais 201 anos”.
Lula finalizou suas declarações ressaltando a importância de se buscar a justiça dentro do Brasil, ao mesmo tempo em que se mantém um diálogo aberto e respeitoso com outras nações.