Empresas de aplicativos aguardam regulamentação para operar em São Paulo

Decisão do TJ-SP gera expectativa entre serviços de transporte por motos na capital.

Empresas de aplicativos aguardam regulamentação para operar em São Paulo
Aplicativos de transporte aguardam novas regras de operação. Foto: Zanone Fraissat/Folhapress

Empresas de transporte por aplicativo devem esperar 90 dias para regulamentação em SP.

Empresas de aplicativos aguardam regulamentação em São Paulo

As empresas de aplicativos interessadas em operar o serviço de transporte individual por motos em São Paulo estão em uma situação de espera. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decidiu, em sessão realizada no dia 3 de setembro de 2025, que as operadoras terão um prazo de 90 dias para se adequar às novas regras, a contar da publicação do acórdão. Com isso, o retorno das atividades está condicionado a essa regulamentação.

O que está em jogo para as empresas de transporte

O prefeito Ricardo Nunes, do MDB, manifestou a intenção de recorrer da decisão, alegando que o Plano Nacional de Mobilidade Urbana, vigente desde 2012 e atualizado em 2018, determina que motoristas de aplicativos devem possuir habilitação de categoria B ou superior. Ele sustenta que, portanto, a operação de mototáxis não está regulamentada. Além disso, a lei estadual sancionada pelo governador Tarcísio de Freitas, em junho de 2025, confere aos municípios a autonomia para regulamentar ou até mesmo proibir serviços de transporte de passageiros por motos.

O papel da Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia

A decisão de esperar pela regulamentação foi tomada em conjunto pelas empresas de transporte e anunciada pela Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), que representa as interessadas, incluindo grandes nomes como Uber e 99. A Amobitec argumenta que a decisão do TJ-SP reafirma a posição de que a atividade é autorizada pela União e que compete às prefeituras apenas regulamentar e fiscalizar, sem poder de proibição. A associação ressalta que a autorização legal para operar em todo o território nacional é respaldada por diversas decisões judiciais, inclusive do Supremo Tribunal Federal.

Cenário atual e próximos passos

A disputa entre a prefeitura e as empresas de transporte por aplicativos se intensificou, especialmente com a proibição do serviço de mototáxi na cidade. As duas primeiras empresas de transporte mencionadas chegaram a operar antes da decisão judicial, mas agora precisam se alinhar às novas regras. O que se espera é que, após o período de 90 dias, as empresas possam retornar às suas atividades, caso as regulamentações sejam favoráveis. Esse cenário traz incertezas para os motoristas e usuários, que aguardam definições sobre a legalidade e a segurança do serviço.

A expectativa é que a regulamentação, se aprovada, possa trazer mais clareza e segurança para os usuários e motoristas, além de fomentar um ambiente mais competitivo entre as empresas de transporte. O futuro do serviço de mototáxi em São Paulo depende agora das decisões que serão tomadas nos próximos meses.

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