Líderes autocratas se reuniram para comemorar vitória militar da China.
Cerimônia em Pequim contou com a presença de 24 líderes, a maioria autocratas.
Desfile militar de Xi Jinping em Pequim
O desfile militar realizado em Pequim teve como foco a celebração dos 80 anos da vitória da China sobre o Japão na Segunda Guerra Mundial. O evento, que ocorreu em 3 de setembro de 2025, contou com a presença de 24 líderes mundiais, incluindo 17 que governam de forma autocrática e 6 de países sem democracia plena. A ocasião também serviu para Xi Jinping demonstrar o poderio militar da China, em um contexto de crescente tensão com o Ocidente.
Representação do Brasil no evento
O Brasil foi representado pelo diplomata Celso Amorim, assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Amorim ocupou uma posição de destaque na foto oficial ao lado de Xi Jinping. A ex-presidente Dilma Rousseff, atualmente presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), também marcou presença no evento, reforçando o papel do Brasil nas relações com a China e os Brics.
Encontros bilaterais significativos
Durante o desfile, Xi Jinping se encontrou em reuniões bilaterais com líderes de países que frequentemente se opõem às políticas ocidentais. O presidente cubano, Miguel Diaz-Canel, e o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, foram alguns dos que se reuniram com Xi. No encontro com Diaz-Canel, o presidente chinês expressou o compromisso da China em continuar oferecendo assistência ao país caribenho, enfatizando sua posição em relação aos embargos impostos pelos Estados Unidos.
Além disso, Xi Jinping destacou a importância do compromisso do Irã em não desenvolver armas nucleares, reconhecendo o direito do país ao uso pacífico da energia nuclear, uma questão que gera tensões com Israel e os Estados Unidos.
“A China está pronta para continuar fornecendo assistência a Cuba”.
A lista de líderes presentes
O desfile militar não apenas evidenciou a força militar da China, mas também serviu como um momento importante para reunir líderes que compartilham visões semelhantes em relação ao Ocidente. Entre os dignitários, estavam líderes da Indonésia e do Cazaquistão, que mantêm uma postura neutra nas questões globais.
Implicações políticas e estratégicas
A presença de tantos líderes autocratas no evento sinaliza uma crescente aliança entre países que se opõem à influência ocidental. Isso pode resultar em novas parcerias e estratégias que desafiam a hegemonia dos Estados Unidos e seus aliados. A aproximação entre esses países pode trazer consequências diretas para a política global, especialmente em áreas como comércio, defesa e segurança internacional.
O que acompanhar a partir de agora é como essas interações moldarão o futuro político e econômico, tanto para os países presentes quanto para a comunidade internacional. As alianças formadas durante o desfile podem influenciar os próximos passos da China no cenário global, especialmente em relação a suas iniciativas de expansão de influência através de instituições multilaterais como os Brics.