Secretária esclarece situação do Aeroporto de Ponta Grossa e rebate críticas

A secretária de Indústria e Comércio de Ponta Grossa, Faynara Merege, se pronunciou sobre as recentes polêmicas envolvendo o Aeroporto Municipal Comandante Antônio Amilton Beraldo. Segundo ela, o aeroporto está devidamente regulamentado e possui todas as condições para operar normalmente.

Faynara destacou que a gestão do aeroporto é municipal e que a Prefeitura realiza investimentos contínuos na infraestrutura do local. “A prefeitura faz e continua fazendo a sua parte, investindo no aeroporto todos os anos. Ele está regulamentado pela ANAC e, se houvesse qualquer problema, a agência já teria notificado”, afirmou. A secretária ressaltou ainda que a estrutura necessária para operação está funcionando plenamente, com a pista asfaltada, sinalizada e o saguão pronto para receber passageiros.

Obra de expansão travada na Justiça

Um dos pontos abordados foi a obra de ampliação do aeroporto. Segundo a secretária, já existem R$ 35 milhões empenhados pelo governo federal, via Secretaria Nacional de Aviação, para a expansão da estrutura. No entanto, esses recursos estão bloqueados desde 2022 devido a uma disputa judicial. “Só agora, no final de 2024, essa situação começou a ser resolvida, e os recursos finalmente poderão ser investidos”, explicou.

Além da questão jurídica, Faynara ressaltou a burocracia envolvida em obras públicas desse porte. “Para executar uma ampliação como essa, é necessário passar por editais, processos de licitação, apresentação de projetos e diversas aprovações. Esse trâmite pode levar anos”, detalhou.

Motivo da redução de voos

A secretária também esclareceu as razões para a redução na oferta de voos comerciais. Segundo ela, o principal fator é o tamanho da pista, que possui 1.430 metros e não permite a operação de aeronaves maiores. “Isso limita a oferta de voos e não tem relação com a gestão, mas sim com a estrutura disponível”, pontuou.

Atualmente, o aeroporto conta com três voos semanais para Campinas. Em anos anteriores, havia mais opções, o que impacta diretamente no número de passageiros. “Se há menos voos disponíveis, naturalmente, os números vão cair. É uma questão matemática”, explicou.

Crise nacional na aviação

Faynara também mencionou o cenário desafiador da aviação no Brasil, que enfrenta a desvalorização cambial, custos dolarizados e dificuldades com manutenção de aeronaves. Além disso, destacou que o país lidera mundialmente o número de ações judiciais contra companhias aéreas, o que afasta investimentos e encarece a operação das empresas.

Por fim, a secretária reforçou que o aeroporto de Ponta Grossa está em conformidade com todas as exigências regulatórias e pronto para operar. “Não podemos permitir que informações distorcidas prejudiquem uma estrutura que cumpre todas as normativas e continua recebendo investimentos”, concluiu.

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