IBGE aponta queda nos preços da indústria pelo 6º mês consecutivo

Setores industriais enfrentam variações negativas nos preços em julho de 2025.

Os preços da indústria nacional caíram 0,30% em julho, marcando a sexta queda consecutiva.

Os preços da indústria nacional registraram uma queda de 0,30% em julho de 2025, conforme o Índice de Preços ao Produtor (IPP) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa é a sexta variação negativa consecutiva, sucedendo uma sequência de 12 resultados positivos que se estendeu de fevereiro de 2024 até janeiro deste ano. No mês anterior, a redução foi de 1,27%.

Análise dos setores industriais

Em julho, 12 das 24 atividades industriais apresentaram variações negativas nos preços em comparação ao mês anterior. Esse cenário contrasta com junho, quando 14 setores também reportaram quedas nos preços. A análise de Murilo Alvim, gerente do IPP, indica que a intensidade da queda em julho foi menor do que a observada em junho. Ele enfatizou que há um equilíbrio entre as quedas e as altas de preços nas atividades analisadas.

As estatísticas indicam que o IPP acumulou uma alta de 1,36% nos últimos doze meses, enquanto o acumulado do ano apresenta uma queda de 3,42%. Os números sugerem que a recuperação dos preços enfrenta desafios, especialmente em setores-chave.

Setores que impactaram o índice

Alvim destaca que o setor de alimentos foi o principal responsável pela manutenção do IPP em território negativo em julho. Se os alimentos forem excluídos da análise, as demais atividades mostraram uma contribuição positiva de 0,03 ponto percentual. Isso evidencia que a queda nos preços dos alimentos tem um peso significativo nos resultados gerais da indústria.

O comportamento dos preços nas indústrias é um indicador importante da economia, refletindo tanto a demanda quanto a oferta. A desaceleração nos preços pode afetar a confiança dos investidores e a dinâmica do mercado interno.

Expectativas para os próximos meses

Com as quedas consecutivas nos preços da indústria, é crucial observar como esses dados influenciarão as decisões políticas e econômicas. A expectativa é de que, caso a tendência de queda continue, isso possa levar a ajustes nas políticas monetárias e fiscais para estimular a economia. Além disso, será essencial acompanhar os desdobramentos nos setores mais afetados, como o de alimentos, que tem mostrado vulnerabilidades significativas.

Os próximos meses serão decisivos para avaliar se a indústria conseguirá reverter essa tendência negativa e retomar um crescimento sustentável. O monitoramento das variações de preços e sua relação com a inflação será fundamental para entender o panorama econômico do país.

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