Nicolás Maduro teme traição militar, diz especialista

Especialistas abordam a insegurança do presidente venezuelano diante de ameaças externas e internas.

O presidente venezuelano teme ser traído por seus generais, segundo especialista em segurança.

Nicolás Maduro teme traição militar

Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, enfrenta um cenário de crescente insegurança, temendo que seus próprios generais possam traí-lo. Essa preocupação é destacada pelo professor Ricardo De Toma, doutor em estudos estratégicos internacionais pela UFRGS. Ele aponta que a Venezuela possui mais de 2.500 generais, um número que supera a quantidade de generais da Otan. Esse contexto gera um clima de desconfiança, especialmente em face das ameaças externas e das recompensas oferecidas por sua captura.

Cenário de ameaças externas e internas

Atualmente, a recompensa pela captura de Maduro chega a 50 milhões de dólares, com propostas de senadores dos Estados Unidos, como Rick Scott, para elevar esse valor a 100 milhões. Essa pressão externa acentua o temor de Maduro, que não é o único alvo; outros altos oficiais também estão na mira, como o ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, e Diosdado Cabello, ministro do Interior e Justiça.

De Toma destaca uma frase impactante do senador Bernie Moreno, que afirmou que Maduro “vai sair do poder ou vivo ou morto”. Esse tipo de retórica, somado às movimentações militares dos EUA na região, intensifica ainda mais a sensação de vulnerabilidade do governo venezuelano. Recentemente, embarcações armadas com mísseis Tomahawk, um submarino de ataque e uma grande operação de fuzileiros navais foram posicionados perto da costa venezuelana, enviando um sinal claro de força.

Movimentações militares dos EUA

Os Estados Unidos têm aumentado a presença militar no Caribe como parte de uma estratégia para pressionar o governo de Maduro. De acordo com informações de funcionários da Casa Branca, 10 caças F-35 estão sendo enviados para Porto Rico, onde uma unidade dos fuzileiros navais realiza exercícios de treinamento. Essa movimentação é vista como uma demonstração de força e uma tentativa de reafirmar a posição dos EUA na região.

“O principal medo de Maduro é que ele seja traído pelos seus próprios generais.”

O impacto da rotulagem de narcoterrorista

Além das ameaças externas, o governo dos EUA tem buscado conectar Maduro a uma suposta missão antidrogas, rotulando-o como um narcoterrorista. Essa estratégia visa deslegitimar seu governo e aumentar a pressão sobre ele. A recompensa por sua prisão foi dobrada, refletindo a urgência e a seriedade das ações dos EUA contra o regime.

O que acompanhar a partir de agora

A situação na Venezuela continua a se desdobrar em um ambiente de incerteza, onde a lealdade dos generais é crucial para a permanência de Maduro no poder. O aumento das pressões externas e o fortalecimento da presença militar dos EUA na região prometem intensificar os desafios enfrentados pelo governo venezuelano. Observadores internacionais devem monitorar de perto as reações de Maduro e as possíveis consequências de sua vulnerabilidade crescente.

EM ALTA

MAIS NOTÍCIAS!