Planalto contabiliza 14 ministros que ficarão até o fim do governo Lula

Ministros mantidos têm diferentes perfis e objetivos políticos.

Quatorze ministros do governo Lula devem permanecer até dezembro de 2026, enquanto outros sairão para concorrer a cargos.

O Palácio do Planalto confirmou que 14 ministros têm a intenção de permanecer até o final do mandato do presidente Lula, previsto para dezembro de 2026. Esses ministros representam 36,8% do total de 38 integrantes do governo petista. Os demais, por sua vez, estão programados para deixar seus cargos até o início de abril, quando iniciarão suas campanhas eleitorais para as próximas eleições.

Perfil dos ministros que permanecem

Entre os 14 ministros que continuarão, destaca-se um grupo com diferentes perfis e objetivos políticos. Três deles são do PT e optaram por não se lançar em candidaturas imediatas. Alexandre Padilha, ministro da Saúde, tem planos de concorrer à prefeitura de São Paulo em 2028. Camilo Santana, responsável pela Educação, e Wellington Dias, do Desenvolvimento Social, foram eleitos senadores em 2022 e têm mandatos até 2030.

Por outro lado, Geraldo Alckmin, do PSB, deve permanecer à frente do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), com a expectativa de ser novamente o vice na chapa de reeleição de Lula.

Ministros com perfil técnico

Além dos ministros políticos, há aqueles que têm um perfil técnico e que não pretendem se candidatar. Essa lista inclui Márcia Lopes (Mulheres), Esther Dweck (Gestão), General Marcos Amaro (GSI), Jorge Messias (AGU), Vinicius Carvalho (CGU), Frederico Siqueira (Comunicações), Margareth Menezes (Cultura), Ricardo Lewandowski (Justiça) e Mauro Vieira (Relações Exteriores).

Um caso particular é o de José Mucio, titular da Defesa, que havia combinado com Lula sua permanência até o final deste ano. Ele justificou essa decisão como uma necessidade de dedicar mais tempo à família, mas a comunicação com o presidente sobre sua saída se tornou incerta.

Expectativa de manutenção no cargo

O governo e seus aliados esperam que Mucio permaneça em 2026, completando o trabalho de pacificação junto aos militares, especialmente considerando a previsão de condenações a vários membros das Forças Armadas devido à tentativa de golpe ocorrida anteriormente.

Outro caso interessante é o de Sidônio Palmeira, da Secretaria de Comunicação (Secom), que não disputará cargos nas próximas eleições, mas planeja deixar o cargo em meados de 2026 para auxiliar na campanha de Lula para um novo mandato.

Incertezas sobre a permanência de Haddad

Uma das maiores incertezas dentro do governo é a permanência de Fernando Haddad, ministro da Fazenda. Ele expressou o desejo de continuar no cargo, mas o PT já considera sua candidatura para o governo de São Paulo ou para o Senado. Essa dualidade gera expectativa sobre o futuro da gestão da Fazenda, especialmente em um período eleitoral.

Substituições planejadas

A tendência do presidente Lula é substituir os ministros que deixarem seus cargos por seus secretários-executivos, que assumirão interinamente até o final do governo. Essa estratégia visa garantir a continuidade administrativa e minimizar interrupções nos serviços públicos.

A situação política atual demanda atenção, pois as decisões tomadas agora terão impacto direto nas eleições e na composição futura do governo. Os próximos meses serão decisivos para o cenário político brasileiro, com muitas mudanças à vista.

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