Tarcísio critica Moraes e defende anistia a condenados

Governador de São Paulo se manifesta em ato bolsonarista e critica o STF

Governador de São Paulo defendeu a anistia a condenados e criticou o STF em ato bolsonarista.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, participou de um ato em apoio a Jair Bolsonaro na Avenida Paulista no último domingo (7). Em um discurso contundente, ele defendeu a anistia a condenados pelos atos de 8 de janeiro e criticou o Supremo Tribunal Federal (STF), chamando o ministro Alexandre de Moraes de tirano e o STF de poder ditador. Tarcísio lamentou a ausência de Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar, afirmando que a celebração da independência não está completa sem ele.

Defesa da liberdade e crítica ao STF

Em sua fala, Tarcísio enfatizou a importância da liberdade e da democracia, questionando por que as pessoas hesitam em defendê-las. “Liberdade, democracia representativa, estado de direito. Por que às vezes somos tímidos para defender? Não sejamos tímidos. Só existe um candidato para nós: Jair Bolsonaro”, disse o governador. Vale ressaltar que Bolsonaro se encontra inelegível até 2030.

Durante o evento, Tarcísio também respondeu a críticas sobre sua atuação em favor da anistia. Ele havia sido cobrado por Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, a trabalhar mais em prol de seu pai. Recentemente, o governador havia negociado com líderes partidários para que o projeto de anistia fosse votado na Câmara.

Críticas ao julgamento de Bolsonaro

O governador também se manifestou sobre o julgamento de Bolsonaro, que está em andamento no STF. Tarcísio alegou que não há provas suficientes contra o ex-presidente, classificando o processo como injusto e uma tentativa de criar uma narrativa falsa sobre os eventos de 8 de janeiro. Ele questionou a legitimidade do julgamento, afirmando: “Como vou condenar uma pessoa sem nenhuma prova?”

Tarcísio pediu uma anistia ampla e irrestrita, destacando Bolsonaro como a maior liderança da direita no Brasil. “Anistia já, anistia ampla. É o nosso candidato e vai vencer a eleição”, afirmou, reforçando sua posição sobre a necessidade de liberdade para que a independência seja celebrada plenamente.

Rejeição à interferência do STF

O governador de São Paulo também criticou abertamente a atuação do STF e a suposta interferência entre os poderes. Tarcísio deixou claro que não aceitará a ditadura de um poder sobre o outro e denunciou a tirania imposta por Moraes. Ele declarou: “Ninguém aguenta mais tirania de um ministro como Moraes.”

A manifestação, que reuniu milhares de apoiadores, foi convocada pelo pastor Silas Malafaia e contou com a presença de outros aliados políticos de Bolsonaro, como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema. Todos reforçaram a candidatura do ex-presidente e a necessidade de aprovação da anistia.

Expectativas em relação à candidatura de Bolsonaro

Valdemar Costa Neto, presidente do PL, reiterou que não existe um plano B e que o foco é a candidatura de Bolsonaro. Ele expressou confiança na aprovação da anistia, ressaltando que a coalizão entre partidos como PP, PL, União Brasil e PSD garante maioria para a votação.

O ex-presidente Bolsonaro permanece proibido de participar de atos públicos e deve continuar em prisão domiciliar até novo julgamento do STF. Ele enfrenta acusações de tentativa de golpe de Estado e outros quatro crimes, com potencial de pena de até 43 anos de prisão. O julgamento será retomado na próxima terça-feira (9), e a inelegibilidade de Bolsonaro até 2030 foi determinada pelo TSE, por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.

A situação política e as movimentações em torno da candidatura de Bolsonaro e da anistia a condenados prometem continuar a gerar debates acalorados entre os apoiadores e opositores do ex-presidente.

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