Em resposta direta às recentes críticas do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), elevou o tom. Mendes defendeu a atuação da Corte e rejeitou as acusações de excesso de poder, alertando para os riscos de discursos que incitam instabilidade institucional. A declaração marca um novo capítulo na crescente tensão entre o Judiciário e figuras do Executivo.
O ministro rebateu categoricamente a alegação de uma suposta “ditadura da toga”, termo frequentemente utilizado por críticos do STF. “O país não aguenta mais tentativa de golpe”, afirmou Mendes, em uma clara referência ao clima político polarizado e aos eventos que culminaram nos ataques de 8 de janeiro. A fala do ministro demonstra a preocupação do STF com a manutenção da ordem democrática e a legitimidade das instituições.
Mendes, um dos membros mais experientes do STF, tem sido uma voz ativa na defesa da independência do Judiciário. Suas declarações surgem em um momento crucial, em que o debate sobre os limites do poder judicial e a relação entre os Três Poderes ganha destaque no cenário nacional. A fala busca reafirmar o papel do STF como guardião da Constituição e garantir a estabilidade democrática.
As críticas de Tarcísio de Freitas, que motivaram a reação de Gilmar Mendes, não foram detalhadas na matéria original, mas sua implicação sugere um questionamento à atuação do STF em relação a decisões políticas e investigações em curso. A troca de farpas entre o ministro e o governador demonstra a persistência de divergências e a necessidade de um diálogo construtivo entre as instituições para evitar o acirramento de tensões.
O episódio reforça a importância do debate sobre o papel do Judiciário e a necessidade de fortalecer o respeito à Constituição. Resta acompanhar os próximos desdobramentos e o impacto dessas declarações no cenário político brasileiro.